Segundo Divaldo Pereira Franco “Os jovens são as primeiras luzes no amanhecer do futuro”. De repente, descortina para eles momentos de conturbações e mudanças. Uma sensação de desânimo, sonhos e objetivos ameaçados. O que esperar dos dias vindouros frente aos desafios que permeiam esse cenário pandêmico?
É sabido que no jardim da juventude, exala-se o perfume dos desejos e perspectivas rumo às metas a serem alcançadas, momento em que as energias eclodem em uma busca incessante, ora no campo dos prazeres, ora na fieira do intelecto. Mas há em meio a esse torvelinho evolutivo, outro componente que subjaz a esses desejos, a necessidade do equilíbrio emocional. Os apelos, a que se encontram expostos no momento atual, são arruinados antes do amadurecimento psicológico para as demandas e enfrentamentos, cedendo lugar, ao desequilíbrio oriundo de frustrações e baixas perspectivas.
Certamente, a Doutrina Espírita alarga o horizonte existencial do jovem, para além da impermanência humana, oferecendo-lhe subsídios e o estabelecimento de uma era de nova consciência de sua responsabilidade, na busca da lucidez e equilíbrio diante da instabilidade que o momento o impõe. Isso será possível a partir do autodescobrimento, ferramenta capaz de delinear novos paradigmas para mudança interior e aquisição de valores imperecíveis, como afirma Joana de Angelis:
“O grande desafio contemporâneo para o homem é o seu autodescobrimento. Não apenas identificação das suas necessidades, mas, principalmente, da sua realidade emocional, das suas aspirações legítimas e reações diante das ocorrências do cotidiano.”
Diante desse cenário, é imperioso que o jovem busque caminhos que o fortaleça, a fim de minimizar as marcas deixadas por este momento de transição, e sobretudo, desenvolva valores portadores de tesouros que não sejam corroídos pela efemeridade do momento para que a sua passagem terrena se configure como alicerce de futuras experiências evolutivas. Assim, poderão um dia ser luz no amanhecer do futuro.
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