*ENTENDENDO*
“Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o quase morto”. Passou um sacerdote, viu o homem e seguiu adiante pelo outro lado. O mesmo aconteceu com um levita. Mas um samaritano, chegou perto dele, viu, e moveu-se de compaixão e tratou-lhe as feridas. Depois colocou-o em seu próprio animal e o levou a uma pensão, onde cuidou dele. Perguntou Jesus ao doutor da Lei: “Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze tu a mesma coisa”. Nessa historinha Jesus cita três categorias de pessoas conhecidas na sociedade, duas bem vistas e uma de má reputação. Jesus mostra que o sacerdote, homem religioso, e o escriba, conhecedor da Lei, de quem tanto se esperava não faz a caridade ao caído. E é exatamente um samaritano, de quem pouco se esperava, que vem o gesto de amor ao próximo. A parábola contada por Jesus não deixa dúvida: próximo é qualquer pessoa que, encontrada pelos caminhos da vida, necessita do nosso amor misericordioso. Diante desse apelo, caem todas as barreiras sociais, culturais, religiosas que possam nos distanciar do nosso semelhante.
*DEVEMOS NOS PERGUNTAR AO ENCONTRAR UM CARENTE: ‘ESTOU VENDO NELE O ROSTO DE DEUS?’*
A Lei divina se resume no amor a Deus e ao próximo. O sinal visível com o qual os cristãos testemunham ao mundo o amor de Deus é o amor pelos irmãos. O mandamento do amor a Deus e ao próximo não é o primeiro porque está no topo da lista dos mandamentos. Jesus não o coloca no alto, mas no centro, porque é o coração de onde tudo deve começar e retornar, é a referência. Jesus não nos entregou fórmulas ou preceitos. Ele nos confiou um só rosto, o de Deus que se reflete em muitos outros, pois no rosto de cada irmão, especialmente o menor, o mais frágil e indefeso, está presente a imagem de Deus. Ao encontrar um destes irmãos, todos deveriam se perguntar se são capazes de avistar neles o rosto de Deus (Papa Francisco).
*Padre Rosivaldo*
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