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EVANGELHO DA SEGUNDA (22/11): Jesus exalta a pequena oferta da viúva

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ATUALIZANDO: O desapego de si facilita a um amor mais abrangente.
 
Lucas 21,1-4
 
ENTENDENDO
Levantando os olhos Jesus viu ricos que colocavam as suas ofertas no cofre do templo. Viu também uma viúva pobrezinha que doava duas pequenas moedas, e disse: “Em verdade eu vos digo que esta pobre viúva pôs mais do que os outros”. Jesus não se enganava com as aparências. Além de ter a sabedoria divina, no seu lado humano mostra ser um bom observador. Seu olhar penetrava no íntimo das pessoas. Jesus não se enganava com os Mestres da Lei e Fariseus, mesmo sendo eles admirados pelo povo por causa do seu saber e domínio das leis e oratória. Eram vaidosos, sentiam prazer em ser reconhecidos como pessoas altamente consideradas. Abusavam da fé das pessoas e logravam as viúvas. As altas quantias que os ricos depositavam no cofre do santuário, também não convenciam a Jesus. Boa parte fazia isso para ser vista e louvada pelos presentes. A quantia era valiosa, mas perdia o valor para Deus e Jesus percebia suas intenções. O gesto da viúva agradava Deus, pois vinha marcado de simplicidade e sinceridade de coração.
 
O DESAPEGO DE SI FACILITA A UM AMOR MAIS ABRANGENTE
 
É preciso cuidar para que a caridade hoje não vire um instrumento de troca, onde pessoas com consciência pesada, por não levarem uma vida moralmente e eticamente correta, busquem na caridade ou no conceito da caridade uma forma de apaziguar a sua consciência. A caridade não é apenas doação de roupas, dinheiro aos carentes, cesta básica. A caridade muitas vezes se exerce em entender o ser humano que está ao seu lado, que muitas vezes precisa só de um abraço, um sorriso e um atenção para ser feliz. Há momentos na vida em que é preciso desapegar-se de tudo e de todos para encontrar um novo caminho, uma nova forma de ver e de viver a vida. Para que isso aconteça é necessário desapegar-se do que não é mais imprescindível, desapegar-se daquilo que foi bom, mas que já não é mais tão bom assim; desapegar-se de uma dor, de um sofrimento, de uma tristeza que corrói a alma, desapegar-se dos muros do passado.

Padre Rosivaldo Motta


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