Quando a tolerância está presente em nossa lida terrena, surge uma luminosidade, e essa, torna-se um instrumento de fraternidade que se afirma com exuberância e como uma das nobrezas da alma. Nesse sentido, é importante refletirmos sobre as dificuldades que construímos em nossos relacionamentos e vivências, tornando-nos intolerantes, especialmente, na ausência da aceitação do outro, e das díspares ideias que certamente, fazem parte da nossa individualidade e repertório reencarnatório. O arcabouço literário espirita, tem nos alertado sobre as circunstâncias atuais que nos assinalam um momento de dolorosa transição, marcada por fortes padecimentos coletivos e não podemos deixar de esperar que a tolerância assuma um papel importante em nossas relações interpessoais. É época de sofrimentos e dores para todos. Contudo, fomos criados para a felicidade, e esse estado, só será percebido e sentido por nós, quando soubermos aproveitar os momentos educativos que a vida nos “impõe”. Dessa forma, tolerar as nossas escolhas de outrora, as circunstâncias, atores sociais envolvidos e as situações que nos fazem crescer moralmente é uma das chaves para a nossa evolução. Em conformidade à estimada Joana de Angelis, “a Tolerância é caridade em começo. Exercitando-a, em regime de continuidade, defrontarás com os excelentes resultados do bem onde estejas, com quem convivas”. Eis um poderoso direcionamento para as nossas vidas, pois, quando conseguirmos aceitar as pessoas como nos apresentam, respeitando e ajudando-as a seguir a sua caminhada, certamente, estaremos exercitando a tolerância. Assim, deixaremos, de produzir os choques da convivência e de escandalizar os meros acontecimentos da existência. É imperioso, portanto, compreender que tolerar é renunciar uma parte da nossa força, do nosso poder, da nossa ira, do nosso ego, superando os nossos interesses e conveniências. É solução para os nossos problemas interpessoais, e diante de qualquer ofensa, que suportemo-nos, pois somos todos sujeitos à mutabilidade e aos erros. Busquemos florir e perfumar o campo das nossas relações, aproveitando as oportunidades que recebemos como presente da divindade.
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