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EVANGELHO DO DOMINGO (16/01): As bodas de Caná e o “velho que caducou”

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ATUALIZANDO: As festas de casamento – sentido e tradição.

ENTENDENDO

O evangelho deste domingo apresenta uma festa de casamento em Caná da Galiléia. Falta vinho e, atendendo ao pedido de sua mãe, Jesus realiza o seu primeiro milagre. O casamento aqui está representando a relação entre Deus e a humanidade. O “vinho” era uma bebida indispensável nas festas da época e aqui simboliza o amor entre o esposo e a esposa, e também a alegria da festa. A falta do vinho recorda o antigo casamento (aliança), sem alegria, sem amor e sem festa. As seis talhas (número seis), representa a imperfeição, o que está incompleto, já que sete é o número da perfeição na Bíblia. A “pedra” representa as tábuas da Lei (usadas para escrever os 10 mandamentos). As talhas estão “vazias”, porque todo este aparato era inútil, não servia para aproximar a pessoa de Deus, mas, pelo contrário, afasta-la. A mãe Maria está lá e percebe a falta do vinho. Ela representa o povo fiel que aguardava a vinda de seu Filho Jesus, o povo que acreditou nas promessas de Deus. O dono da casa representa os dirigentes acomodados, sem perceber que o antigo caducou e necessitava de novidade. Os “serventes” são os que colaboram com Jesus, e que estão dispostos a fazer tudo “o que Ele disser” para que o casamento seja renovado. E, finalmente Jesus! Ele é a promessa de Deus dando sentido ao velho que caducou. A missão de Jesus agora não é conservar as instituições que já não tem mais sentido, mas apresentar a novidade, o novo Reino Deus (João 2,1-11).

AS FESTAS DE CASAMENTO – SENTIDO E TRADIÇÃO

No evangelho de hoje, Jesus e Maria, ao participarem das Bodas de um casal defendem a tradição das festas de casamento da época e dão a sua contribuição, transformando a água em vinho, e Jesus realiza lá o seu primeiro milagre. Uma festa de casamento hoje, pode ter sentido e ser um momento bonito e marcante de encontro familiar e celebração desse grande acontecimento; mas pode, também, ser desvirtuado o sentido. Tem sentido quando a festa é feita para festejar a bênção divina na constituição de uma nova família. Aí, tudo que acontece: comidas, bebidas, música e local passam a valorizar a bênção recebida pelo casal e sua família. Mas, uma festa de casamento onde o sentido é, muitas vezes, puramente social, o ato religioso e a bênção de Deus viram um detalhe para manter uma tradição com “t” minúsculo. Desvirtua-se o verdadeiro sentido e invertem-se valores. Cito como exemplo, alguns casais que querem que o ato religioso seja celebrado em local de evento, onde a festa social está preparada, deslocando o ato sagrado do espaço próprio para um lugar de dimensão “mundo”, “social”, “comercial” “material”. Mas, também, o casamento pode ser celebrado em uma Igreja, lugar apropriado para o ato e a festa não corresponder ao sentido da bênção e ser apenas mais uma festa social. Estejamos atentos e demos mais sentido ao que é sagrado!

Padre Rosivaldo
Facebook: Antonio Motta


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