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EVANGELHO DO DOMINGO (05/12): “Esta é a voz daquele que grita no deserto: ‘preparai o caminho do Senhor’”

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ATUALIZANDO: A ‘voz de Deus’ continua falando em nossa consciência”.

ENTENDENDO

“No décimo quinto ano do império de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era governador da Judéia, Herodes administrava a Galiléia”… “A palavra de Deus foi dirigida a João, o filho de Zacarias, no deserto: ‘esta é a voz daquele que grita no deserto, preparai o caminho do Senhor’”. Hoje, praticamente metade do evangelho apresenta dados histórico-biográficos. João Batista é a personagem em destaque. Por que razão? Para mostrar que Deus entrou na história da humanidade de um modo muito “concreto”, como um de nós, homem, vivendo num tempo onde existiam os administradores humanos (políticos). Nasceu de uma família como nós, era filho de Zacarias e foi chamado para uma missão divina, preparando a chegada de Jesus. Mostra, portanto, os poderes do mundo, a geografia e a descendência familiar de Jesus. Deus se encarnou e quis precisar de homens como nós e se tornou em Jesus, um homem como um de nós, menos no pecado. Hoje, Deus dirige a sua palavra também a nós pessoalmente – como a João Batista -, ou através de pessoas que Ele ilumina a vir a nós, discretamente. João Batista pode também ser representado pelo nosso Papa Francisco que nos recorda que o cristão não é testemunha de uma teoria, mas de uma pessoa: de Cristo Ressuscitado, vivo, único Salvador de todos; e o meu rio Jordão pode ser a Eucaristia dominical, que sacia minha carência d’Ele (Lucas 3,1-6).

A ‘VOZ DE DEUS’ CONTINUA FALANDO EM NOSSA CONSCIÊNCIA

A consciência humana é uma testemunha que às vezes incômoda. Ela é testemunha de nossos atos, pensamentos e sentimentos, até daqueles mais ocultos e constrangedores. É um legislador íntimo que nos aponta o que é certo ou errado, ainda que não interfira na liberdade de cada pessoa. O documento da Igreja, chamado Gaudium et Spes, do Concílio Vaticano II, nos ensina, no parágrafo 16: “no fundo da própria consciência, o homem descobre uma lei que não se impôs a si mesmo, mas à qual deve obedecer; essa voz, que sempre está a chamar ao amor do bem e à fuga do mal, soa no momento oportuno, na intimidade do seu coração: faze isto, evita aquilo”. E atribui a Deus a causa dessa voz em nós. Ela ressoa até em quem não tem fé cristã, porque a consciência é uma via natural, dado de criação, que tem origem no Criador de todos. Mas, cuidado! A consciência está sujeita ao erro, sobretudo se a pessoa é insensível aos sinais e insiste em ignorá-los.

Padre Rosivaldo
Facebook: Rosivaldo Motta CSsR


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