EVANGELHO DA TERÇA (23/11): “Não ficará pedra sobre pedra”

ATUALIZANDO: A perda da fé é também uma destruição do nosso “templo interior”.

Lucas 21,5-11

ENTENDENDO

Olhando para o majestoso Santuário de Jerusalém, suas belas pedras revestidas de ricos donativos, Jesus disse: “Dias virão em que destas coisas que vedes não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído”. Os judeus tinham profunda admiração pelo majestoso Templo, o Santuário de Jerusalém. Era espécie de orgulho nacional que ia além do sentido religioso e ganhava uma motivação nacionalista. Guardando as devidas proporções é o que representa, hoje, o Cristo Redentor para o povo brasileiro. Dizer para um judeu que o Templo seria destruído era como anunciar o “fim do mundo”. Por isso, a afirmação de Jesus “caiu como uma bomba”. Essa profecia da destruição do Templo aconteceu de duas maneiras. A primeira, o Templo representado pelo Corpo de Jesus derrubado, morto e ressuscitado no terceiro dia. A segunda foi a destruição material do Templo no ano 70 d.C., quando Jerusalém foi invadida pelas forças de Tito.

A PERDA DA FÉ É TAMBÉM UMA DESTRUIÇÃO DO NOSSO TEMPLO INTERIOR

Corremos o risco de passar uma vida inteira – 30, 40, 50, 80, 100 anos – estudando, trabalhando, comprando, investindo, construindo, mas não pararmos para refletir sobre o nosso crescimento espiritual, sobre a nossa essência perdida na correria do dia a dia. Ficamos tristes ao perder a carteira com dinheiro, o talão de cheque, o cartão de crédito, a casa própria (tão difícil de adquirir e, por falta de pagamento, foi a leilão), o roubo do carro que foi comprado com tanto esforço. Mas como ficamos diante do alerta que a Palavra de Deus nos dá a respeito de perder a fé? Escutamos tanto sobre qualidade de vida, melhores condições financeiras e tantas ambições do mundo tecnológico contemporâneo, muitas vezes criamos necessidades secundárias, mas nem sempre nos preocupamos em alimentar a fé comprometida em Cristo. A perda da fé é também uma destruição do nosso “eu interior”, do “nosso santuário” (baseado em parte de texto de Cleto Coelho).