ATUALIZANDO: Familiares, vizinhos, colegas de trabalho, carentes… Nossos próximos mais próximos!
ENTENDENDO
Um doutor da Lei, homem respeitado na sociedade da época de Jesus pergunta-lhe qual o principal mandamento. Jesus responde: “O primeiro é este: ‘Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é um só. Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com toda a tua força!’ E o segundo mandamento é: ‘Amarás teu próximo como a ti mesmo!’ Não existe outro mandamento maior do que estes”. O clima aqui não é de confronto, mas de admiração do doutor ao Mestre. Jesus entende o respeito que está sendo tratado e responde com estima. Na tradição bíblica da época, havia a exigência do cumprimento de 613 preceitos. Essa quantidade de normas acabava dispersando quanto ao mandamento mais importante. A resposta de Jesus faz com que o reconhecimento à grandeza de Deus venha em primeiro lugar. Para isso, Ele toma por base o Antigo Testamento (Dt 6,4-5; Lv 19,18) e convence os especialistas, arrancando-lhes admiração. É de se admirar que um escriba – mestre da Lei – tenha-se colocado diante de Jesus, na posição de discípulo. Os escribas eram reconhecidos como pessoas sábias, capazes de interpretar a Lei e dar sentido à vida. Era comum o povo fazer consultas a esses homens quando se tratava da vida divina, e eles tinham consciência de sua posição elevada. Mas, nesta passagem, rendeu-se ao preparo de Jesus.
FAMILIARES, VIZINHOS, COLEGAS DE TRABALHO, CARENTES… NOSSOS PRÓXIMOS MAIS PRÓXIMOS!
As pessoas mais próximas de nós são aquelas que exigem um amor concreto, testado a cada dia no conhecimento recíproco de virtudes e fraquezas, aquelas que somos confrontados e desafiados a colocar em prática o perdão, a reconciliação e a ajuda. É fácil amar e ser atencioso com aqueles que nos conhecem de forma superficial, que não convivem com a gente, que “não comem sal juntos”, como diz o provérbio popular. Quantas vezes demonstramos amor e delicadeza “aos de fora”, e com os nossos somos grosseiros e insensíveis? Às vezes, obedecemos ao critério de simpatia ou antipatia e isolamos da “nossa proximidade” porque não vamos com o jeito da pessoa ser ou porque nos ofendeu! Só que Jesus pede que amemos, também, aos nossos inimigos, os nossos desafetos. Desses próximos existem prioridades: a família e os carentes. A família porque o laço de sangue foi criado por Deus e devemos dar atenção primeira, cuidando e sendo referência para unir e nunca para desunir. Entre os carentes estão os excluídos de dignidade e direitos, ou porque não souberam construir a sua vida ou porque são vítimas das injustiças do mundo; e aqueles que são vulneráveis (idosos, doentes, crianças…). Esses também fazem parte do nosso cuidado, do nosso amor cristão.
Padre Rosivaldo
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