Convidado para participar da Comissão dos Meios de Comunicação do Sínodo dos Bispos que está iniciando, Oscar Elizalde Prada, assessor do centro para a comunicação do CELAM, Conselho Episcopal Latino-americano falando à Rádio Vaticano – Vatican News.
Oscar Elizalde Prada, assessor do centro para a comunicação do CELAM, Conselho Episcopal Latino-americano falando à Rádio Vaticano – Vatican News, disse que “uma primeira grande aprendizagem que conseguimos nestes dias da abertura do Sínodo foi o convite que o Papa Francisco fez na missa de abertura do Sínodo, no dia 10 de outubro. Ele falou de três grandes elementos fundamentais para o processo sinodal”. Uma a questão do encontro, – disse ele -, a Igreja que quer fazer a arte do encontro esta convidada a fortalecer todas as mediações que ajudem o encontro. Depois, salientou, a importância da escuta, “a escuta entre todos nós como povo de Deus, mas também a escuta do que o Espírito está pedindo para a Igreja de hoje”. E uma terceira grande insistência do Papa tem sido a questão do dissernimento, dissernir comunitariamente, quais são os novos caminhos que a Igreja tem que percorrer.
O Papa também falou no primeiro dia, no ato de inauguração, sábado 9 de outubro, – destacou ainda Oscar – “ele falou de três riscos, três situações que podem colocar em perigo o caminho sinodal. De um lado o risco do formalismo, ou seja deixar todas as ações do Sínodo como uma situação social de reuniões, mas que não vão além disso. Outro grande risco é a questão do intelectualismo, ou seja, falar do Sínodo, teorizar o Sínodo, mas não fazer nada na prática. Não é falar por falar, mas fazer muito mais do que isso, mas sim levar para a práxis tudo o que o Sínodo está tentado fazer. E uma outra questão é a do assunto do imobilismo. Acho que é um dos maiores desafios, porque não podemos pensar que sempre tem sido feito assim. Então mais do que isso é abrir a mente para também deixar que as novas ideias, as novas propostas também sejam realizadas”.
Falando sobre o CELAM e os projetos para o futuro Oscar disse que o CELAM está fazendo um trabalho interessante neste sentido sinodal, a partir do processo da Assembleia Eclesial da América Latina e Caribe. “Uma Assembleia que já estamos chegando à fase da celebração da Assembleia no mês de novembro de 21 a 28”. A Assembleia – destacou – tem feito também uma série de escuta muito parecida com o que agora o Sínodo está motivando. O assessor do CELAM disse que a Assembleia vai também tentar apresentar no final deste processo quais são os novos caminhos que a Igreja latino-americana precisa realizar para que todos sejamos missionários, discípulos missionários em saída. “O Papa tem pedido também ao CELAM que mantenha a memória e que aproveite muito o que propõe a Conferência de Aparecida de 2007, atualizar e levar à prática o que Aparecida está pedindo”.
Silvonei José – Vatican News