ATUALIZANDO: Devemos nos perguntar ao encontrar um carente ou vulnerável: ‘estou vendo nele o rosto de Deus?’
ENTENDENDO
“Um doutor da Lei se levantou e, querendo experimentar Jesus, perguntou: ‘Mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna?’”. Jesus é questionado por um especialista que tinha todo conhecimento teórico do que era necessário para ser salvo. O Mestre Jesus não se empolga com sua especialização e resposta na “ponta da língua”, conta uma historinha para mostrar uma situação concreta da vida. Nessa historinha ele cita três categorias de pessoas conhecidas na sociedade, duas bem vistas e uma de má reputação. Essas três passam por uma pessoa caída e necessitada de ajuda. Jesus mostra que o sacerdote, homem religioso, e o escriba, conhecedor da Lei, pessoas de quem tanto se esperava não faz a caridade ao caído. E é exatamente um samaritano, de quem pouco se esperava, que vem o gesto de amor ao próximo. O doutor da Lei respondeu bem ao reconhecer aquele que agiu com amor. Foi uma surpresa se considerarmos a mentalidade legalista da época. No entanto, faltava-lhe apenas refazer sua concepção de próximo. A parábola contada por Jesus não deixa dúvidas: próximo é qualquer pessoa que, encontrada pelos caminhos da vida, necessita do nosso amor misericordioso. Diante desse apelo, caem todas as barreiras sociais, culturais, religiosas que possam nos distanciar do nosso semelhante.
DEVEMOS NOS PERGUNTAR AO ENCONTRAR UM CARENTE OU VULNERÁVEL: ‘ESTOU VENDO NELE O ROSTO DE DEUS?’
A Lei divina se resume no amor a Deus e ao próximo. O sinal visível com o qual os cristãos testemunham ao mundo o amor de Deus é o amor pelos irmãos. O mandamento do amor a Deus e ao próximo não é o primeiro porque está no topo da lista dos mandamentos. Jesus não o coloca no alto, mas no centro, porque é o coração de onde tudo deve começar e retornar, é a referência. Jesus não nos entregou fórmulas ou preceitos, não; ele nos confiou um só rosto, o de Deus que se reflete em muitos outros, pois no rosto de cada irmão, especialmente o menor, o mais frágil e indefeso, está presente a imagem de Deus. Ao encontrar um destes irmãos, todos deveriam se perguntar se são capazes de avistar neles o rosto de Deus (Papa Francisco).
Padre Rosivaldo
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