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Consórcio Nordeste suspende importação da vacina Sputnik-V, diz governador Wellington Dias

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O presidente do Consórcio Nordeste, governador Wellington Dias (PT-PI), disse nesta quinta-feira (5) que o grupo decidiu suspender a importação de 37 milhões de doses da vacina Sputnik-V.

A decisão foi tomada diante das limitações impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da não inclusão do imunizante do Programa Nacional de Imunização (PNI).

Numa reunião com o Fundo Soberano Russo, o governador argumentou que, diante das restrições colocadas pela Anvisa e depois que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a vacina não seria colocada no PNI, não havia mais sentido, neste momento, manter a importação dos produtos.

O contrato de importação de 37 milhões de doses havia sido firmado entre o Instituto Gamaleya (responsável pelo desenvolvimento da vacina) e o Fundo Soberano Russo em março deste ano.

A previsão inicial era entregar 2 milhões de doses no mês de abril, mas a falta de uma licença de importação pela Anvisa impediu que isso acontecesse.

A suspensão da importação ocorre diante de divergências nos padrões de testes exigidos pela Anvisa.

O Consórcio Nordeste diz que essas exigências não teriam sido feitas a outro imunizantes usados no Brasil. A Anvisa contesta e diz que alguns requisitos essenciais não foram seguidos pelos fabricantes da Sputnik-V para liberar a sua importação.

“É lamentável, o Brasil vive uma situação com alta mortalidade, mais de mil óbitos por dia. Temos vacinas disponíveis, mas impedidas de entrar no Brasil devido uma decisão da Anvisa que faz uma alteração no padrão de teste junto com a não inclusão do Ministério da Saúde no plano nacional de vacinação e a falta da licença de importação, tivemos a suspensão da entrega da vacina até que se tenha uma autorização do uso do imunizante no Brasil”, afirmou Dias.

Segundo o governador, o Fundo Soberano Russo informou que as vacinas que seriam destinadas para o Brasil serão enviadas agora para o México, Argentina e Bolívia, e que, assim que o Brasil decidir, as vacinas estarão disponíveis para envio imediato para atender o país.

 

Por Valdo Cruz


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