Antes mesmo que palavras como isolamento social e quarentena fizessem parte do nosso cotidiano, o número dos que se queixavam de solidão era imenso. Pesquisas de diversos institutos realizadas entre 2010 e 2015, mostraram que uma em cada três pessoas nas sociedades ocidentais sente-se sozinha habitualmente. Mas como isso é possível em cenários de alta densidade populacional e constantes aglomerações?
A solidão refere-se ao sentimento de se julgar só. Pode-se estar sozinho num ônibus lotado ou numa reunião de família. Solidão está mais ligada a processos de compartilhar sentimentos e ideais, de ter pessoas que pensem como você e que busquem um objetivo comum.
Dentro dessa perspectiva, Joanna de Ângelis, espírito, nos diz que é preciso ser solidário para não ser solitário.
A solidariedade representa o impulso humano de ajudar, desenvolver a empatia e cooperar para objetivos nobres. Através da solidariedade é possível recordar um dos ensinamentos mais simples e profundos de Jesus: a comunhão.
Há diversos relatos de momentos onde Jesus reparte o alimento com os apóstolos e mesmo com a multidão. O sentido direto é o de alimentar a todos, mas há um sentido mais profundo que refere-se a compartilhar o algo que os nutre.
O ser humano precisa de objetivos na vida, de sentido existencial. A solidariedade representa o momento em que compartilhamos o sentido que nutre nossas existências. Seja reciclar o lixo, garantir direitos sociais ou buscar a paz na família. A solidariedade é o antídoto contra a solidão.
Quem abraça um ideal superior pode estar fisicamente isolado, mas sempre terá a companhia dos que pensam e lutam com ele.
A solidariedade ainda tem uma nuance muito importante, nunca exclui, sempre aglutina. Não importa o credo, orientação sexual ou nacionalidade. Solidários, nunca estaremos solitários.
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