Órgão determinou também a indisponibilidade de bens no valor de R$1 milhão que, segundo o MP-BA, foram adquiridos como produto e proveito dos crimes.
A Justiça manteve a prisão preventiva de três suspeitos de participarem de uma organização criminosa investigada por fraudes processuais para beneficiar não herdeiros. Heliana Souza Gonçalves, Daniel Campos Carneiro Mehlem e Fábio Almeida, foram presos na segunda fase da operação inventário, em setembro deste ano.
A denúncia foi feita pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio do Grupo de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), como desdobramento da “Operação Inventário”.
A decisão da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa foi de quarta-feira (6).
De acordo com o MP-BA, além da manutenção das prisões, o órgão determinou a indisponibilidade de bens de Heliana, Daniel Campos e Fábio Almeida no valor de R$1 milhão que, segundo o órgão, foram adquiridos como produto e proveito dos crimes.
Ainda segundo o MP-BA, na custódia de um dos investigados foram encontradas três carteiras de criptoativos, no total de 522 bitcoins, que correspondem a um valor aproximado de R$ 140 milhões.
Operação Inventário
A primeira fase da “Operação Inventário” aconteceu em setembro de 2020 e a segunda em setembro de 2021.
Nas duas fases, a operação investigou fraudes em processos judiciais em trâmite no Poder Judiciário baiano, supostamente praticadas por organização criminosa formada por advogados, serventuários e particulares responsáveis por falsificação de documentos.
Segundo o MP-BA, a operação apreendeu mais de 120 cartões em nome de terceiros e empresas, computadores, celulares e HDs e apurou indícios da prática de crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, fraude processual e uso de documento falso.
Ela foi efetivada por meio do trabalho conjunto da Polícia Civil, através do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom); da Polícia Rodoviária Federal, por meio da Superintendência Regional na Bahia; e da Polícia Militar, por meio da Companhia Independente de Policiamento Especializado do Nordeste (CIPE – Nordeste).
Por g1 BA