Nas construções das nossas relações pessoais e afetivas é plausível que devotemos nossa amorosidade àqueles a quem estimamos e com quem dividimos os mesmos pontos de vista. É natural que busquemos nos relacionar com companheiros de jornada com quem partilhamos hábitos, princípios e ideias. Isso pode ser explicado porque ainda vivemos moldados pelo egoísmo, buscamos construir relações baseadas na servidão afetiva, sendo satisfatórias enquanto se liguem ao nosso roteiro pessoal de viver. No Livro Fonte Viva, por Chico Xavier, na leitura intitulada “Pelas Obras”, o Espírito Emmanuel nos chama atenção sobre a necessidade de aperfeiçoar nosso modo de ver e sentir. Para alçar voos para a vida superior é imprescindível que busquemos nos relacionar com pessoas que se norteiam pelo bem comum e que colaboram com as Obras Divinas. Assim, ao invés de conectar-se apenas pela beleza física, obediência afetiva ou determinada característica que nos agrada, é imprescindível ampliar nossa capacidade de relacionar para além de nossas próprias necessidades existenciais e materiais. Enxergar que estamos juntos, como companheiros de jornada, para nos melhorar a cada dia e crescer moralmente, torna cada encontro único e singular. Utilizar um critério baseado no bem comum, além de desconstruir a ideia de exclusivismo afetivo, nos torna aptos a viver como irmãos.
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