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Todos os 15 governadores candidatos à reeleição lideram pesquisas

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Pesquisas de intenção de voto para o pleito deste ano apontam todos os 15 governadores que tentam reeleição com chances altas de conseguir se manter no posto. O cenário atual é bem mais favorável do que o de 2018, quando apenas metade dos 20 governadores que buscavam permanecer no cargo teve sucesso.

A maioria dos reeleitos em 2018 governava estados do Nordeste. Entre os 10 que não se reelegeram, a maioria (seis) não conseguiu sequer ir para o segundo turno.

Nas eleições de 2022, alguns dos atuais incumbentes dos Executivos estaduais têm, inclusive, chances de vencer ainda em primeiro turno, como é o caso de Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais. Segundo pesquisa Real Time Big Data, Zema soma 45%, ante 36% do principal adversário, o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD).

Os 15 governadores que lideram as consultas de intenção de voto são:

  1. Acre (AC): Gladson Cameli (PP)
  2. Amazonas (AM): Wilson Lima (União)
  3. Distrito Federal (DF): Ibaneis Rocha (MDB)
  4. Espírito Santo (ES): Renato Casagrande (PSB)
  5. Goiás (GO): Ronaldo Caiado (União)
  6. Mato Grosso (MT): Mauro Mendes (União)
  7. Minas Gerais (MG): Romeu Zema (Novo)
  8. Pará (PA): Helder Barbalho (MDB)
  9. Paraíba (PB): João Azevêdo (PSB)
  10. Paraná (PR): Ratinho Júnior (PSD)
  11. Rio Grande do Norte (RN): Fátima Bezerra (PT)
  12. Rio Grande do Sul (RS): Eduardo Leite (PSDB)
  13. Rondônia (RO): Coronel Marcos Rocha (União)
  14. Roraima (RR): Antonio Denarium (PP)
  15. Santa Catarina (SC): Carlos Moisés (Republicanos)

Para o levantamento, o Metrópoles considerou as pesquisas de intenção de voto mais recentes (de setembro e agosto) realizadas pelos institutos e registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com divulgação até a última sexta-feira (16/9). Em todos os casos, os números se referem às respostas a perguntas estimuladas — quando é apresentada ao eleitor uma lista de nomes.

Já os vices que assumiram os mandatos após impeachment ou renúncia dos titulares foram desconsiderados. São eles: Cláudio Castro (PL), no Rio; Rodrigo Garcia (PSDB), em São Paulo; Paulo Dantas (MDB), em Alagoas; Carlos Brandão (PSB), no Maranhão; e Wanderlei Barbosa (Republicanos), no Tocantins.

Presidente, governador, senador e deputado: veja quem são os candidatos nas Eleições 2022

Apesar de críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a gestão da pandemia pelos chefes dos Executivos estaduais, os índices de avaliação desses governos têm sido majoritariamente positivos pela população, conforme indicam os principais institutos de pesquisa do país.

2018 x 2022

Na avaliação do cientista político Leandro Gabiati, da Dominium Consultoria, dois elementos ajudam a explicar o prognóstico de 2022, que difere bastante do resultado da eleição passada: o fator renovação presente em 2018 e a situação fiscal positiva dos estados em 2022.

“Em 2018, se tinha uma eleição marcada pelo anseio de mudança, hoje essa discussão não está tão evidente, tão clara”, explica Gabiati, ao citar os altos índices de renovação no último pleito para a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. Para 2022, espera-se que a taxa de renovação no Legislativo federal fique mais próxima à de anos anteriores, levando-se em conta que 2018 foi uma eleição fora da curva.

“O segundo ponto é a questão financeira, porque a maioria dos estados tiveram recordes de arrecadação, de impostos. Houve uma avalanche de recursos, seja pela própria arrecadação ou por transferências de recursos da União, e a maioria dos governadores conseguiram de alguma forma equilibrar as contas dos estados e partir para investimentos também”, prossegue. “Então, isso acaba sendo percebido pela população.”

Na mesma linha, a cientista política e coidealizadora da Representativa, Noemí Araújo, pontua que durante a pandemia houve grande liberação de recursos federais e transferências para os estados de forma mais facilitada, o que permitiu a criação de auxílios e benefícios nos estados que agora são apresentados ao eleitor.

“Os governadores e prefeitos tiveram reforço no caixa durante a pandemia. Isso traz uma larga vantagem para eles agora.”

Para além das características próprias do pleito deste ano, o instituto da reeleição é visto por especialistas como bem-sucedido no Brasil, apesar das críticas e promessas de alguns políticos de acabar com ele.

“Historicamente, há dados de que as chances de os governadores se reelegerem são maiores do que de não ficarem nos cargos”, analisa Noemí. “Isso mostra claramente como a máquina trabalha a favor dos candidatos que estão exercendo cargos, ocupando a cadeira no momento da eleição. Afinal de contas, há uma série de facilidades, inclusive financeiras, que muitas das vezes perpassam limites das regras eleitorais, e isso claramente traz uma vantagem na disputa eleitoral.”

 FLÁVIA SAID- POR METROPÓLES


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