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Ansiedade: 22 sintomas do transtorno de ansiedade e TUDO o que você precisa saber sobre o assunto

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A ansiedade é uma das questões que mais prejudica a qualidade de vida das pessoas nos tempos atuais. Mas como identificar seus sintomas? Como saber se você está enfrentando crises de ansiedade?

Nem sempre é fácil discernir se o que se sente é ansiedade ou algo diferente.

Muitas pessoas, em meio a uma crise de ansiedade, pensam que estão tendo um ataque cardíaco ou até mesmo um AVC.

Para saber mais sobre esse assunto tão importante, dê uma olhada neste artigo até o final!

O que são transtornos de ansiedade

Ansiedade é um sentimento ligado à preocupação, nervosismo e medo intenso. Apesar de ser uma reação natural do corpo, a ansiedade pode virar um distúrbio quando passa a atrapalhar nosso dia a dia.

De fato, os transtornos de ansiedade são mais comuns do que se imagina.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de 264 milhões de pessoas sofrem de algum transtorno de ansiedade ao redor do mundo.

Mas, cá entre nós, ter um pouco de ansiedade no dia a dia é normal. Certo?

Por exemplo, nada mais normal que se sentir ansiedade antes de uma prova importante ou antes de um encontro com uma pessoa que você nunca viu anteriormente!

O que é preciso entender é que a principal diferença da ansiedade normal do transtorno de ansiedade é que este último causa prejuízos na vida (por exemplo, absenteísmo) de quem sofre e na vida das pessoas ao redor.

Embora haja diversos tipos de transtornos de ansiedade, é possível encontrar um padrão entre eles.

Assim, para que você entenda melhor, separamos alguns dos sintomas mais comuns de um transtorno de ansiedade.

22 sintomas físicos e psicológicos do transtorno de ansiedade

As causas da ansiedade variam de pessoa para pessoa e essas nuances são verificadas após a avaliação de um profissional. No entanto, há alguns fatores que podem facilitar o caminho para esse distúrbio:

É preciso ficar atento a esses sintomas de ansiedade e caso eles passem a atrapalhar seu dia a dia você deve procurar ajuda.

  1. Respiração ofegante e falta de ar
  2. Palpitações e dores no peito
  3. Fala acelerada
  4. Sensação de tremor e vontade de roer as unhas
  5. Agitação de pernas e braços
  6. Tensão muscular
  7. Tontura e sensação de desmaio
  8. Enjoo e vômitos
  9. Irritabilidade
  10. Enxaquecas
  11. Boca seca e hipersensibilidade de paladar
  12. Insônia
  13. Preocupação excessiva
  14. Dificuldade de concentração
  15. Nervosismo
  16. Medo constante
  17. Sensação de que vai perder o controle ou que algo ruim vai acontecer
  18. Desequilíbrio dos pensamentos
  19. Braço dormente
  20. Suor frio
  21. Sensação de ser um observador externo da própria vida (despersonalização)
  22. Sentir-se desconectado de seus ambientes (desrealização)

Sobre isso, o psicólogo Massashi Saito cita:

É importante entender que ansiedade não é algo tão ruim. Ou seja, uma pessoa pode se sentir ansiosa quando acha que existe um risco futuro ou uma ameaça. No entanto, o problema é quando você perde o controle e a duração desse sentimento bem como não ter o controle daquilo que é real.

O que causa ansiedade?

A causa da ansiedade nada mais é que uma reação normal do corpo diante de eventos futuros.

É um tipo de adaptação evolutiva que o ser humano encontrou para que sua chance de sobrevivência aumentasse.

Assim, de certa forma um pouco de ansiedade é até benéfico para as pessoas.

Por exemplo, a ansiedade de ir mal na prova do concurso pode te levar a estudar e se preparar melhor para o dia do exame.

Além disso, pensar no que pode dar errado em um passeio, por exemplo, pode te ajudar a se planejar melhor e desfrutar mais esse momento.

Contudo, há um limite para essa ansiedade “do bem”.

Aliás, muitas vezes é uma linha tênue entre o transtorno e a ansiedade comum.

O sinal de alerta deve ser quando um pequeno evento do dia a dia causa uma ansiedade desproporcional. Isso certamente é um transtorno.

A causa do transtorno de ansiedade não é completamente conhecida.

No entanto, há evidências científicas de que uma série de fatores de risco podem desencadear um transtorno de ansiedade. Dentre eles:

  • Genes específicos ligados à ansiedade (se um parente de primeiro grau teve algum transtorno a possibilidade de desenvolver também é bem maior)
  • Fatores ambientais (trabalho muito estressante, rotina de vida agitada)
  • Tipo de personalidade (algumas pessoas tem uma base ansiosa, ou seja, sua própria personalidade as coloca em risco de desenvolver um transtorno)
  • Sexo e gênero (mulheres tem duas vezes mais chances de desenvolver um transtorno de ansiedade)
  • Trauma (um evento de alto impacto emocional como, por exemplo, abusos são fatores de risco para transtornos de ansiedade)

Quais são os tipos de ansiedade?

Existem 5 tipos principais de ansiedade, são eles:

Transtorno de ansiedade generalizada

Transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é a combinação de uma preocupação excessiva com o estresse recorrente. Ou seja, a ansiedade passa a interferir na rotina.

Transtorno do pânico

síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade. Nesse caso, a pessoa sente uma sensação forte de que está prestes a morrer e perdendo o controle. Além disso, a sensação pode ser descrita como um ataque do coração, mesmo que não haja um verdadeiro sinal de perigo.

Fobia social

A fobia social, ou ansiedade social, é um dos tipos mais comuns e acontece sempre quando se está em público. Além disso, há também outros tipos de fobia, como a claustrofobia, medo de locais fechados, agorafobia, medo de ficar sozinho em locais públicos, aracnofobia, medo de aranhas, tripofobia, medo de buracos, que também fazem parte desses transtornos da ansiedade. No entanto, esses são referente a objetos, situações e pessoas.

Transtorno obsessivo-compulsivo

Transtorno obsessivo-compulsivo ou TOC é um distúrbio psiquiátrico. Nesse caso, é o medo de perder o controle ou ser responsável por algo terrível para si ou para os outros, como a culpa. Além disso, é caracterizado por movimentos repetitivos e comportamentos compulsivos.

Transtorno de estresse pós-traumático

O Transtorno de estresse pós-traumático ou TEPT é causado por um trauma ou evento terrível. Ou seja, a pessoa passa por momentos de confusão e medo, recordando os mesmos sentimentos que sentiu durante o ocorrido.

O que é um ataque de ansiedade

Um ataque de ansiedade (ou crise de ansiedade) é uma exacerbação dos sintomas que se manifestam por meio de alguns sinais e sintomas típicos.

Por exemplo, em uma crise de ansiedade é comum sentir o coração acelerado, a respiração fica ofegante, há a sensação de que algo horrível está prestes a acontecer. Outros sintomas são:

  • sensação de desmaio ou tontura
  • falta de ar
  • boca seca
  • suar frio
  • calafrios
  • preocupação excessiva
  • inquietude
  • angústia
  • medo
  • formigamento (sobretudo do braço e pescoço)

Muitas vezes, durante um ataque de ansiedade, a pessoa que sofre procura um pronto socorro porque acredita que está à beira de falecer.

Nesses casos, após realizar um eletrocardiograma e não se notar nenhuma alteração, o médico verifica que o sofrimento é fruto de uma crise de ansiedade.

Para saber mais sobre sintomas gatilhos e formas de controlar a ansiedade em casa, assista ao vídeo abaixo com as dicas da psicóloga Ana Tognotti.

Vale destacar que nem todo mundo que sofreu uma crise de ansiedade têm o transtorno do pânico. O teste para realizar esse diagnóstico (em que o médico dará o CID) envolve uma série de perguntas a fim de avaliar as circunstâncias, frequência e sintomas durante a crise.

Falando em testes, vejamos o próximo tópico!

Existem testes que diagnosticam ansiedade?

Há uma série de testes cientificamente comprovados para diagnosticar um transtorno de ansiedade.

Mas acontece que para cada transtorno há um tipo de teste específico.

Por isso, o diagnóstico deve ser sempre feito por um psiquiatra devidamente habilitado que pode até mesmo te passar um remédio para ansiedade caso haja necessidade.

Assim, caso você sentir alguns dos sintomas que já foram relatados aqui no artigo, busque ajuda de um profissional da área para te esclarecer e te ajudar (lembre-se: ansiedade tem cura).

Para você ter ainda mais clareza se precisa buscar ajuda, nós preparamos um teste de ansiedade especial para você.

Dá uma olhada!

Teste de ansiedade Online do Zenklub

O diagnóstico nem sempre é simples, mas podemos ajudar. Faça nosso teste de ansiedade e descubra seu nível de ansiedade. O questionário leva menos de 3 minutos para fazer e é uma adaptação do teste científico GAD – Generalized Anxiety Disorder 7.

Como evitar a ansiedade?

Ter um estilo de vida saudável é uma boa dica para reduzir a ansiedade, assim como a mudança de hábitos diários. É importante lembrar que a saúde do ser humano é composta por uma série de pilares. Entre eles estão a parte biológica, psíquica e social.

Sendo assim, fique atento a essas dicas que podem te ajudar a controlar e evitar a ansiedade:

#1 Ir para a cama cedo

Dormir mal pode ser um grande culpado da ansiedade. Ou seja, sono inadequado pode ampliar as reações antecipadas do cérebro, aumentando os níveis de ansiedade.

#2 Utilize música para relaxar

Quando estamos estressados, nada melhor que ouvir uma música para relaxar, não acha? De fato, estudos científicos mostram que a música aumenta a liberação de uma série de neurotransmissores ligados ao prazer. Em especial, ouvir seu som favorito pode liberar dopamina, um neurotransmissor ligado à sensação de recompensa.

#3 Acorde 15 minutos mais cedo

Como a maioria das pessoas ansiosas, você provavelmente está correndo pela manhã e gritando com todos a sua volta “Vamos atrasar!”. Então, diminua o ritmo e tente se preparar para um dia relaxado pela frente. No entanto, se você começar a se preocupar com a lista de tarefas, respire fundo e pense, há tempo suficiente.

#4 Reduza cafeína, açúcar e alimentos processados

A cafeína e baixos níveis de açúcar no sangue podem causar palpitações cardíacas. Além disso, esses alimentos podem ser ruins para a sua saúde e atrapalhar no controle da ansiedade.

#5 Faça atividades físicas

Assim como para qualquer outro tratamento, movimentar o corpo e ter uma atividade física como hobby pode ajudar muito para um dia a dia mais produtivo e menos ansioso.

#6 Não se cobre tanto

Um dos trabalhos mais difíceis de um terapeuta é convencer uma pessoa ansiosa de que os sentimentos de culpa e vergonha não precisam te dominar. Além disso, você pode atrair ainda mais pensamentos negativos, então foque nas coisas boas da vida.

#7 Procure ajuda

Ir a um especialista não faz de você uma pessoa doente, mas sim alguém que se cuida e que se preocupa com o seu próprio bem-estar emocional.

#8 Pratique meditação

Muitas pessoas vêm adotando a prática da meditação ou mindfulness como um hábito saudável. Além disso, essa é uma maneira poderosa de combater o estresse e a ansiedade.

Acompanhamento profissional

A terapia, seja ela com um psicólogo online ou presencial, é a sua melhor aliada na hora de diminuir a ansiedade e, enfim, tratá-la. Além disso, é o método ideal para fazer as mudanças de vida que você precisa.

Sobre esse assunto, a psicóloga Marjorie Carvalho comenta:

Nossa mente está acostumada a sempre controlar tudo e se sente desconfortável ao menor sinal de freio.

Quais são os tratamentos mais comuns para ansiedade

Existem algumas abordagens para o tratamento da ansiedade, como psicoterapia, e a combinação do tratamento psicológico com medicamentos específicos, como os ansiolíticos.

Desse modo, para detalhar melhor as oportunidades de tratamento, vamos esclarecer alguns pontos sobre terapia e medicamentos.

Psicoterapia

  • Psicanálise freudiana: baseada nos pensamentos de Freud, esse tipo de terapia é baseada no autoconhecimento. Além disso, foca no inconsciente para trazer os problemas para o consciente. É bastante utilizada em casos de ansiedade, pois ela busca na raiz dos pensamentos qual é o gatilho desse transtorno.
  • Psicanálise lacaniana: tem como foco a linguagem. Ou seja, parte dela para chegar à essência do que somos, ao nosso ser.
  • Psicanálise junguiana: Busca o autoconhecimento e procura reconhecer o que temos como essência. Ou seja, o tratamento é feito por símbolos, utilizando os sonhos e imagens oníricas.
  • Gestalt: trabalha a pessoa e as suas relações no ambiente em que ela está vive, levando ela a se tornar o observador da sua própria existência para enfim conseguir enxergar o todo. É também considerada uma terapia holística, ou seja, ela procura ver o todo.
  • Terapia cognitivo-comportamental (TCC): trabalha com foco na em problemas específicos, como por exemplo traumas e fobias.

Além disso, se quiser saber mais sobre tipos de terapia confira nosso post completo sobre isso.

Medicamentos:

  • Ansiolíticos: ajudam a amenizar os sintomas, mas não trabalha a causa do problema. Os ansiolíticos agem de muitas formas e isso está ligado com a atuação no sistema de neurotransmissão. Além disso, muitos desses remédios aliviam sintomas físicos em fases mais graves da doença e os níveis de hiperatividade cerebral.
  • Antidepressivos: não causam tanta dependência no paciente e possuem uma forma de tratar mais amena, sem grandes riscos. Por isso, os mais indicados são os antidepressivos que atuam na serotonina.
  • Antipsicóticos: podem ser muito bons no tratamento em momentos mais críticos, e assim como os ansiolíticos, não tratam a causa do problema, apenas aliviam sintomas emocionais e físicos.

Além disso, não se preocupe caso esses nomes pareçam difíceis à primeira vista. A melhor indicação será mesmo de um especialista no assunto. Por isso, você deve conversar com um psicólogo online e descubra qual o melhor caminho a seguir.

Quais remédios naturais são usados para a ansiedade?

Embora haja uma série de “receitas mágicas” de chás para acabar com a ansiedade, é preciso dizer que a grande maioria delas não são cientificamente comprovadas.

Assim, os “remédios” naturais consistem em cuidar de seu corpo, participar de atividades saudáveis e eliminar relacionamentos tóxicos.

Entre essas medidas estão inclusas:

  • Dormir o suficiente e adotando medidas para dormir melhor
  • Meditar (a abordagem mindfullness comprovadamente reduz a ansiedade)
  • Permanecer ativo e se exercitar (a OMS recomenda, para ser uma pessoa ativa fisicamente, ao menos 150 minutos exercícios moderados por semana)
  • Ter dieta saudável e equilibrada
  • Evitar o álcool e a cafeína
  • Não fumar

Ansiedade e depressão

É muito comum a associação entre ansiedade e depressão.

Aliás, no Código Internacional de Doenças (CID) consta o Transtorno misto ansioso e depressivo (CID 41.2) em que a pessoa possui tanto sintomas ansiosos quanto depressivos mas não se estabelece todos os critérios para nenhum transtorno específico (nem de ansiedade nem de depressão).

Como ajudar crianças com ansiedade

A melhor maneira de ajudar crianças que sofrem de ansiedade é procurar ajuda de um profissional de saúde mental para que ela seja avaliada.

Afinal, a ansiedade nessa faixa etária pode indicar problemas que podem ser resolvidos com terapia, ou até mesmo alguns transtornos que necessitam de ajuda médica.

Por exemplo, a ansiedade pode ser um sintoma de transtornos como o TDAH e o autismo.

Como ajudar adolescentes com ansiedade

A adolescência é um período de grandes transições, sejam elas corporais, comportamentais e até mesmo sociais.

Decerto isso afeta muito a mente dos jovens e muitos acabam desenvolvendo transtornos de ansiedade nessa fase da vida.

Por isso, os familiares e amigos precisam estar sempre atentos aos comportamentos e pensamentos do adoslescente.

Uma forma excelente para ajudar é ouvir o que os adolescentes têm a dizer, sem emitir julgamentos. Isso causará alívio neles e ainda de quebra fortalecerá uma relação de confiança com eles.

Ansiedade e estresse

Como vimos, a ansiedade e estresse estão ligados.

Afinal, o estresse excessivo é um dos fatores de risco para o desenvolvimento dos transtornos de ansiedade.

Um trabalho extenuante, sem tempo para descanso, uma rotina de vida hostil. Tudo isso implica em estresse que por sua vez precipita muita ansiedade.

Por isso é tão importante ter medidas diárias para minimizar o estresse (entre elas a meditação é uma ótima opção).

Ansiedade e álcool

Apesar de muita gente achar que o álcool ajuda a relaxar, isso não é 100% verdadeiro.

O consumo desregrado de bebidas alcóolicas não só aumenta a ansiedade como também pode levar à dependência.

Isso acontece porque o álcool age diretamente no cérebro e modifica a liberação de certos neurotransmissores.

Então, se for beber, o faça com moderação!

Os alimentos podem tratar a ansiedade?

Há uma série de alimentos que podem ajudar a tratar a ansiedade.

De fato, a alimentação é um dos melhores remédios naturais que há.

Para a ansiedade destacam-se os alimentos ricos em glutamina, um aminoácido precursor do GABA, neurotransmissor que causa relaxamento do corpo.

Algumas das principais fontes de glutamina são:

  • carne;
  • leite;
  • arroz branco;
  • soja;
  • queijo;
  • ovo;
  • quinoa;
  • couve;

Conclusão

Por fim, os sintomas de ansiedade são os mais diversos possíveis. No entanto, durante uma crise há alguns indicadores bem comuns.

Se você sente ou conhece alguém que sinta sintomas de ansiedade, a melhor maneira é buscar ajuda especializada, pois a ansiedade tem cura com o tratamento adequado.

No Zenklub, você encontra centenas de profissionais especialistas em saúde mental dispostos a te ajudar.

Para saber mais clique aqui e confira!

POR RUI BRANDÃO


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