A Rússia conseguiu mobilizar apenas quatro países contra a resolução que condenou a invasão da Ucrânia, aprovada pela Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) na tarde de hoje (2). A condenação foi apoiada por ampla maioria: 141 países votaram a favor da resolução, enquanto 35 se abstiveram — entre eles a China.
Além da própria Rússia e de Belarus —ex-república soviética que vem atuando como um satélite do presidente russo Vladimir Putin— reprovaram a resolução Coreia do Norte —regime mais fechado no planeta e também alvo de sanções internacionais, Eritreia e a Síria —os russos tiveram papel decisivo na guerra civil do país do Oriente Médio, mantendo o ditador Bashar al-Assad no poder.
Aliados russos na América Latina, Cuba e Nicarágua também se abstiveram, enquanto a Venezuela não votou. A Índia também preferiu a abstenção. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu o amplo apoio internacional à resolução da ONU. “Louvo a aprovação com uma maioria de votos sem precedentes pela Assembleia Geral da ONU da resolução com uma forte exigência à Rússia para que pare imediatamente o ataque traiçoeiro à Ucrânia. Sou grato a todos os Estados que votaram a favor. Vocês escolheram o lado certo da história”, publicou ele no Twitter.
1/2 I praise the approval by the #UN GA with an unprecedented majority of votes of the resolution with a strong demand to Russia to immediately stop the treacherous attack on 🇺🇦. I’m grateful to everyone & every state that voted in favor. You have chosen the right side of history pic.twitter.com/1sb0qjxXKs
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) March 2, 2022
Veja quais países deixaram de apoiar a resolução sobre a guerra na Ucrânia:
Votaram contra:
- Coreia do Norte;
- Eritreia;
- Rússia;
- Belarus;
- Síria;
Decidiram se abster:
- Argélia;
- Angola;
- Armênia;
- Bangladesh;
- Bolívia;
- Burundi;
- República Centro-Africana;
- China;
- Congo;
- Cuba;
- El Salvador;
- Guiné Equatorial;
- Índia;
- Irã;
- Iraque;
- Cazaquistão;
- Quirguistão;
- Laos;
- Madagascar;
- Mali;
- Mongólia;
- Moçambique;
- Namíbia;
- Nicarágua;
- Paquistão;
- Senegal;
- África do Sul;
- Sudão do Sul;
- Sri Lanka;
- Sudão;
- Tadjiquistão;
- Uganda;
- Tanzânia;
- Vietnã;
- Zimbábue.
POR IGOR MELLO- UOL NO RIO