O componente Trabalho é um dos requisitos que dispomos para avançar dentro do processo de evolução espiritual.
Trabalho é lei da natureza; não é castigo, mas sim, bênção, individual e coletiva. Em o Livro dos Espíritos, na sua terceira parte, das leis morais, capítulo 3, pode-se defini-lo como sendo toda ocupação útil, que nem sempre terá uma remuneração, mas promoverá uma satisfação em servir e bem-estar. No concerto cósmico, não há favores nem privilégios. Tudo se conquista pelo trabalho e este nos favorece. A exemplo disto, podemos ver na obra Nosso Lar, pelo Espírito André Luiz, através do médium Chico Xavier que, para André conseguir visitar sua família na Terra, teve que trabalhar inicialmente nas câmeras de regeneração e, assim, foi acumulando bônus-hora, “moeda” do plano espiritual. Se nossas tarefas exigem paciência, renúncia e esforços, não nos rebelemos. São exatamente as nossas áreas de dificuldades que estão sendo trabalhadas em prol do nosso melhoramento.
Para todo trabalho, há salários a serem recebidos. Entretanto, se estes não são suficientes, não deveremos buscar facilidades na vida. Na verdade, a proposta é outra: educação financeira. Talvez seja este um dos pontos que temos a ser trabalhado nessa reencarnação.
Se considerarmos que o trabalho é uma forma de evolução concedida por Deus, precisamos fazê-lo com amor e dedicação. Jesus nos deu o exemplo do respeito ao trabalho, como dever primeiro para a manutenção da vida, mediante atividade honrada.
Se entendermos o trabalho apenas como fonte de ganhos e lucros, não extrairemos dele tudo que pode nos oferecer. Precisamos ver no trabalho a oportunidade de iluminar a mente e fazer crescer a alma. Tudo no universo é dinamismo e labor.
Com relação aos que não têm um trabalho remunerado, pode ser um momento de expiação coletivo, mas também pode ser uma prova em benefício da própria alma, devendo se fortalecer para passar pelo momento desafiador. Ainda assim, não há determinismo.
Na folha de pagamento do código divino, estão registrados todos os nossos serviços, desserviços e nossas faltas. E será, exatamente seguindo os registros, que responderemos quando adentrarmos no plano espiritual. Urge pensarmos nisso, mas não na hora que chegarmos lá e sim, hoje, despertando ainda, enquanto temos algum tempo.
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