Secretário da Saúde informou também que determinou renovação do contrato de alguns médicos e outras medidas, que servirão para reduzir alta procura nas unidades de saúde do município.
O secretário da Saúde de Salvador, Léo Prates, anunciou nesta sexta-feira (1º) que a prefeitura vai pagar por consultas médicas de diferentes especialidades no setor privado, para atender à demanda da saúde pública do município. A medida foi adotada após longas filas terem sido registradas em postos de saúde da capital baiana, ao longo dessa semana.
Segundo Prates, as negociações serão feitas a partir da próxima semana. “Nós temos uma demanda muito grande por demandas ginecológicas, consultas pediátricas e consulta com psiquiatra. Então, pela primeira vez, a secretaria vai comprar vagas no privado para ofertar ao público”, afirmou.
“A nossa ideia é lançar o chamamento até a próxima sexta-feira. As clínicas que tiverem interesse em nos vender, poderão ver a tabela com os preços. Nossa expectativa é, entre 20 e 30 de outubro, começar a ofertar essas vagas para a população”
O secretário reafirmou que as longas filas nas unidades se deve a um represamento que houve durante o período da pandemia. Para ele, as pessoas se resguardaram em casa, por causa da Covid-19, e agora, aos poucos, retornam à normalidade e voltam a buscar atendimento médico na rede pública.
Além disso, acrescentou, “as pessoas empobreceram” do ano passado para cá. “Esse ano, a gente ganhou de 200 a 250 mil pessoas a mais no sistema de saúde”, detalhou.
Longas filas em postos de Salvador
Na quinta-feira (30), pacientes que buscaram o Centro de Saúde do Pelourinho, em Salvador, encararam longas filas no início da manhã para tentar agendar consultas. Houve confusão e denúncia de “vendas de lugares na fila”. Teve gente que chegou ainda de madrugada e mesmo assim não conseguiu marcação.
Usuários garantem que lugares marcados com cadeiras são vendidos a R$ 20 e dizem que esta prática é recorrente no local, sem que a prefeitura adote nenhuma providência.
De acordo com os pacientes, diariamente são distribuídas cerca de 70 fichas, quantidade que eles consideram insuficiente para atender a demanda.
A SMS acrescentou que não há necessidade da formação das filas, uma vez que os procedimentos podem ser agendados durante todo mês e no horário de funcionamento do posto, das 8h às 17h, e disse que as longas filas registradas se tratam “de demanda espontânea por parte da população”.
Sobre a denúncia de “venda” de lugares na fila, a secretaria não se manifestou, mas destacou que funcionários foram acionados para organizar as filas e a importância do distanciamento entre as pessoas.
Aglomeração e filas imensas também foram registradas no início da manhã de quinta-feira (30), para marcação de consultas, no 7º Centro de Saúde José Mariani, no bairro de Itapuã.
Do mesmo modo que ocorre na unidade na região do Centro Histórico da capital, pacientes dizem que precisam chegar ainda na madrugada para conseguirem uma senha e fazerem o agendamento.
Um terceiro ponto de filas grandes foi registrado na manhã de quinta-feira na policlínica da Avenida San Martin. Pacientes chegaram cedo e se aglomeraram na unidade, na tentativa de pegar senha para atendimento em diversas especialidades médicas.
A SMS informou que, devido a alta demanda por consultas e exames na capital baiana, a prefeitura municipal e o governo do estado pretendem acelerar a inauguração de duas policlínicas em Salvador, nos bairros de Escada e Narandiba.
Por TV Bahia