*ATUALIZANDO:* A busca do equilíbrio entre autoridade e ternura.
*ENTENDENDO*
“Se alguém me ama, guardará a minha palavra”, “quem não me ama, não guarda as minhas palavras”; “o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”. Essas duas afirmações de Jesus ganham destaque no evangelho deste domingo. Todos os acontecimentos da vida de Jesus resumem-se no mandamento do amor. Até nos momentos que Ele precisava ser duro e falar com autoridade, não escapava um só ato de desamor. Esse amor sem violência é possível a quem é educado pela Palavra pronunciada por Ele. Guardando a Palavra, ou seja, os seus mandamentos, o cristão estabelece uma união de forças, ou rede divina de quatro pessoas que lutam pelo mesmo objetivo – a Trindade divina e nós, humanos. A partir do momento que o amor é canalizado no próximo, torna-se concreto, real. Sai da teoria consciente e racional ou sentimental, para uma prática transformadora e profética. No final da mensagem Jesus anuncia a vinda da terceira força descida do Céu – o Espírito Santo, que ele chama de “Defensor”. E vem com a missão de ensinar e trazer à nossa mente tudo que Jesus anunciou (João 14,23-29).
*A BUSCA DO EQUILÍBRIO ENTRE AUTORIDADE E TERNURA*
O amor que Jesus defende, vindo do Pai, se traduz em gesto concreto. Mesmo nos momentos mais difíceis, Ele não foi violento. A sua autoridade era defendida com autenticidade e firmeza, mesmo que precisasse dar uns “puxões de orelha” e chamar os discípulos à atenção, sobressaia a verdade e o respeito ao ser humano. Não escondeu o motivo de quem não o amava: “quem não me ama, não guarda as minhas palavras”. No entanto, sobressaia a sua ternura que o fazia ser “manso e humilde de coração”, que ele mesmo proclamou no Sermão da Montanha. Ternura que O levou a chamar os discípulos de “amigos”; o jeito amável que atendia os humilhados, o choro solidário na morte de Lázaro e em tantos outros momentos. Precisamos buscar esse equilíbrio. De um lado ser firme quando defendemos valores, ideais que nos fazem crescer. Por outro, evitar todo tido de postura que nos torne arrogantes e autossuficientes no jeito de tratar o outro.
Padre Rosivaldo Motta