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Fratura no fêmur pode deixar sequelas? Entenda o que houve com FHC

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O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, de 90 anos de idade, sofreu uma fratura no fêmur e está internado, desde a última sexta-feira (11), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. No domingo (13) ele passou por cirurgia e, de acordo com boletim médico, se recupera bem.

A fratura no fêmur, apesar de ser um problema relativamente comum, pode gerar complicações e sequelas nos pacientes – sobretudo os idosos, como é o caso de FHC. Segundo o ortopedista, Bruno Takasaki Lee, dependendo do caso, existe até mesmo risco de morte. “Em um ano a taxa de mortalidade pode chegar perto de 30% por conta das complicações desse tipo de trauma”, afirma o médico.

Fratura no fêmur pode deixar sequelas

Segundo o Dr. Bruno Miranda, ortopedista membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), as fraturas no fêmur, em idosos, representam um risco grave à saúde não apenas pela fratura em si, mas pelos riscos da imobilização e incapacidade de andar devido à lesão óssea. Fatores que podem provocar sequelas complexas.

“A imobilização prolongada aumenta os riscos de complicações cardiovasculares como trombose, acidente vascular cerebral e infecções como a pneumonia. Estes riscos são ainda maiores por se tratar de uma população idosa, mais debilitada e muitas vezes com doenças crônicas que podem se agravar rapidamente”, afirma.

Prevenção e tratamento

Por todos esses motivos, é necessário redobrar a atenção e os cuidados para evitar que idosos tenham algum tipo de fratura no fêmur ou em qualquer outra região do corpo. Traumas dessa natureza, geralmente, ocorrem por causa de quedas e acidentes domésticos. Por isso, é fundamental manter o ambiente seguro dentro de casa.

“Os aspectos sociais e cuidados com o ambiente dos idosos são fundamentais para diminuir os riscos de queda. A ideia de proporcionar um ambiente físico seguro ao idoso é extremamente importante para garantir qualidade de vida e independência funcional a essas pessoas. Outra ação importante envolve a programação de ações educativas, preventivas e promocionais na educação em saúde. No sentido de reduzir o número de idosos internados por fratura, possibilitando a vivência de envelhecimento ativo”, diz a SBOT.

Segundo a organização, o tratamento para uma fratura no fêmur, geralmente, é cirúrgico e necessita da inclusão de placas, hastes e próteses para fixar a estrutura óssea do paciente. A reabilitação deve ocorrer de maneira lenta e gradativa, respeitando as individualidades e condições de cada um.

Redação SD

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