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Qual a tabela do Imposto de Renda? Veja como funciona o cálculo

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Faixas continuam as mesmas desde 2015, em que apenas rendimentos menores que R$ 1.903,98 estão isentos de arrecadação.

A tabela do Imposto de Renda 2022 não teve nenhum reajuste em relação ao ano anterior. As faixas, inclusive, não mudam desde 2015 e acumulam distorções.

Estão isentos, portanto, os rendimentos mensais menores que R$ 1.903,98. A faixa máxima atinge os salários acima de R$ 4.664,68.

Veja abaixo cada segmento.

Faixas do Imposto de Renda

  • Faixa 1: Até R$ 1.903,98: isento
  • Faixa2: De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65: 7,5%
  • Faixa 3: De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05: 15%
  • Faixa 4: De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68: 22,5%
  • Faixa 5: Acima de R$ 4.664,68: 27,5%

Como funcionam essas faixas?

O imposto não é cobrado sobre todo o salário – o que é descontado em INSS, por exemplo, não entra na conta.

Além disso, as alíquotas não são cobradas integralmente sobre os rendimentos. Quem ganha R$ 4 mil por mês, por exemplo (e se encaixa na faixa 4 acima), não paga 22,5% sobre toda a parte tributável do salário.

Pelas contas da Receita, os ‘primeiros’ R$ 1.903,98 são isentos. O que passar desse valor, e não superar os R$ 2.826,65 (o limite da faixa 2) é tributado em 7,5%. O que superar limite da faixa 2, mas não o da faixa 3, paga 15%, e assim sucessivamente.

Veja os exemplos abaixo:

Exemplo de cálculo do IR — Foto: Economia G1

Exemplo de cálculo do IR — Foto: Economia G1

Na prática, a conta pode ser feita da seguinte forma: multiplicando o total do salário pela alíquota cheia referente à faixa e subtraindo os valores fixos abaixo:

  • Faixa 1: zero
  • Faixa 2: R$ 142,80
  • Faixa 3: R$ 354,80
  • Faixa 4: R$ 636,13
  • Faixa 5: R$ 869,36

A conta para um salário de R$ 3 mil (faixa 3) então, fica:

  • (15% x 3.000) – 354,80 = R$ 95,20

Para um salário de R$ 4 mil (faixa 4):

  • (22,5% x 4.000) – 636,13 = R$ 263,87

Receita Federal também disponibiliza um simulador que pode ser usado para quem quiser fazer esse cálculo – clique aqui para acessar.

Correções atrasadas

Segundo o Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), a tabela acumula uma defasagem de 134,53% desde 1996. Apenas no governo Bolsonaro, a defasagem está em 24,49%. A última correção da tabela foi realizada em 2015 e não há qualquer indicativo de atualização no curto prazo.

A correção da tabela do Imposto de Renda foi uma promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro em 2018. Em junho do ano passado, o governo enviou uma proposta de correção parcial da tabela para o Congresso como parte da reforma tributária. A proposta chegou a ser aprovada pela Câmara dos Deputados, mas segue paralisada no Senado.

Por g1

 

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