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O que estamos a semear?

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Em nossa jornada iluminativa somos convidados à semeadura, buscando ao longo do caminho lançar sementes na expetativa de colhermos frutos que serão proporcionais ao plantio a partir das nossas escolhas. Segundo Chico Xavier, para que se efetue a jornada iluminativa é indispensável que desloquemos a nossa mente, revolvemos as ideias, renovemos as nossas concepções e modifiquemos o modo íntimo de ser, tal qual procedemos com o
solo na revivificação da lavoura produtiva sugerida pela parábola do semeador.
A essência dessa parábola é apresentar as diferentes formas como as pessoas recebem a mensagem divina, pois os diferentes tipos de solo retratam as nossas personalidades com suas deficiências e virtudes. Cada um de nós, através dos milênios, vem se desenvolvendo e apresenta, hoje, o resultado das conquistas e quedas. A semente precisa de terra fértil, precisa de cuidado, adubo e carinho. Isso é concreto também, no mundo dos vegetais, pois para sobreviverem, necessitam desse processo natural. Imaginemos tal semeadura na vertente dos valores espirituais. O nosso coração deve estar receptivo a estes ensinamentos, visto que, precisamos fertilizar as emoções para aprender a amar e cumprir melhor a missão que nos foi confiada aqui na terra.
O nosso mundo interno é apresentado na parábola como o solo. É
marcante o fato da semente (mensagem divina) não mudar, e sim a qualidade do solo. No decurso do processo evolutivo, podemos apresentar características semelhantes aos solos descritos. Os termos lugares pedregosos, solo pedregoso, pedra são interpretados por Jesus como aqueles que recebem a mensagem com alegria, mas como não têm raízes e sucumbem diante das tribulações e perseguições. Temos aí os vacilantes, que apresentam um entusiasmo inicial, mas acabam desistindo ao surgirem os primeiros obstáculos.
É necessário, portanto, que busquemos equilibrar a mente e atitudes para que o “solo” do nosso coração esteja sempre fértil às boas resoluções.
Contudo, o plantio é livre, mas a colheita é obrigatória. Então, que estejamos atentos a tudo que pensamos, falamos ou fazemos, porque nós somos os únicos responsáveis por tudo que nos acontece. Só colheremos o perfume das rosas, se as semearmos no jardim da vida, pois os aromas são dos mais variados odores. Estes trarão a beleza e leveza a que aspiramos na caminhada
evolutiva.

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