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“O comércio é a mola mestra do nosso município”

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Os comerciantes têm sido uma parte da sociedade que vem sofrendo muito com a pandemia. É certo que alguns segmentos foram mais afetados que outros, portanto, a situação dos comerciantes não é nada cômoda, principalmente o comercio de Bom Jesus da Lapa, cidade que tem no comercio seu maior empregador. Sabe-se que com a pandemia a recomendação de isolamento social, o então prefeito da cidade decretou fechamento do comercio prematuramente lá no início da pandemia. Sobre essa questão, o comerciante lapense Sócrates Rocha faz a seguinte análise:

“Quem vive e depende do movimento do comércio Bom Jesus da Lapa que sofreu intensamente nesse período, pelos erros grosseiros que foram cometidos com o fechamento do comércio desde o ano passado, principalmente o ano passado onde não tinha relevância de caso, e foi fechado abruptamente de uma forma que havia poucos casos na cidade e região, e prejudicou muito.”

O comerciante analisa que não tem percebido ações educativas onde a população seja maciçamente informada dos devidos problemas causados pela pandemia e dos cuidados a serem adaptados pela população.

“Talvez tivesse que ser feita uma ampla conscientização, uma maneira mais efetiva com educação para as pessoas, para evitarem as aglomerações, e jamais deixar fechado o comércio que é a mola mestra do nosso município; nosso município depende fortemente da ação do comércio, da dinâmica do comércio. Nós ficamos aqui muitas vezes fechados, ou esse abre e fecha interminável, e estamos sofrendo até hoje”, explica Rocha.

O comércio automaticamente tem seu jeito de acontecer, a cidade de Lapa é um centro que recebe clientes de toda a microrregião, os moradores das cidades vizinhas têm por costume comprar alguns dos seus itens na cidade, e por isso as medidas restritivas já impactariam na locomoção dessas pessoas que optaram por fazer suas compras em sua localidade, fazendo com que o comércio da Lapa perdesse corpo:

“O comercio por se só tem sua dinâmica, as pessoas indo de lugar para outro, por menor que seja o movimento ele é atrativo, e nós já estamos no comércio há 40 anos, somos um dos pioneiros na cidade, a gente pode destacar que por menor que seja, ele traz riqueza, é o único elemento dentre essas, onde trocas comerciais que são feitas são imprescindíveis para a vida da sociedade lapense”, acentua o comerciante.

Como comerciante que depende da romaria, Sócrates relata que o cancelamento da romaria por conta da pandemia teve um efeito avassalador:

“Para nós que temos a dependência de mais de 70% das atividades de romaria, ainda não estamos tendo um canal de comunicação nem com a administração e nem com o Santuário, mas temos com o CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas). A gente precisa se adaptar a isso, a gente precisa ver como fazer para comercializar os nossos produtos, talvez vendas online, o que não é fácil”.

Sócrates que já foi secretário de Turismo na cidade de Lapa, propõe que depois dessa pandemia ou mesmo nesse período a questão da romaria seja pensada com outro recorte.

“Eu quero deixar aqui uma proposta, é uma proposta antiga que eu tenho, que é de pulverizar as romarias, isso é muito bom, até porque não teria aquela grande concentração em períodos e a gente tentar buscar o calendário religioso ao longo do ano todo com várias romarias. Vamos precisar ser criativos para tentar recuperar esses dois anos perdidos”, recomenda.

Sobre qual mensagem deixar para as pessoas nessa pandemia, Sócrates reflete:

“Eu acredito na conscientização das pessoas, elas precisam estar mais conscientes nas suas ações, nas suas falas, no seu jeito de pensar de ser, talvez essa seja uma lição nessa pandemia. Podemos perceber que estamos sendo pouco solidários, é preciso que nos solidarizemos mais, eu acredito que tenha muita gente precisando muito mais que nós comerciantes, precisamos  nos solidarizar com as pessoas que realmente precisam, precisamos de uma atividade cristã, precisamos nos irmanar nisso, e deixar um exemplo para a administração pública, para que possa fazer um investimento na saúde e na educação das pessoas, uma informação bem feita, bem delineada é a chave para que a gente não faça essas atitudes erradas como fechamento do comércio, que não salvou vida de ninguém e ainda impediu que a vida econômica prosperasse”, finaliza.


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