ATUALIZANDO: A morte é o início da colheita do que plantamos na terra.
ENTENDENDO
Afirmação de Jesus: “Eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade de quem me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia”. Jesus se apresenta como aquele que veio de Deus para dar a vida definitiva a todos. Sabemos que o mundo não é nossa morada definitiva. Aqui criamos laços, a partir da nossa família, nossos amigos; trilhamos uma história, favorecidos pelos dons e talentos que Deus no ofereceu – ele nos habilitou pra vida. Passamos pelo mesmo processo de Jesus: nascemos, crescemos e morremos. A morte foi o meio utilizado por Deus para retornar às nossas origens. Afinal, não somos daqui, apenas estamos aqui. Com essa clareza, cabe-nos valorizar mais a nossa história, tendo como principal objetivo: “voltarmos pra casa”. E de lá não sairemos mais (João 6,37-40).
A MORTE É O INÍCIO DA COLHEITA DO QUE PLANTAMOS NA TERRA
Seja amigo da morte! Estranho, não! Mas é preciso quebrar a barreira que nos distancia dessa realidade. Não para se esquecer de viver, não porque seja bom deixar de existir. Mas simplesmente porque ela vai acontecer e não somente comigo e com você, mas com todos os que andam ou venham a andar sobre a Terra. A você e a mim, portanto, resta-nos apenas aprender a conviver com ela. Encará-la de frente, compreendê-la e admiti-la, em vez de tentar negá-la ou escondê-la debaixo do tapete. E, quem sabe assim, sofrer menos com a visita que ela nos fará um dia e com os eventuais sinais da sua presença que ela já plantou ao nosso redor, no envelhecimento gradativo e perda de potencialidades que já desfrutamos. Tudo isso só é possível quando a pessoa chega a um estágio elevado na fé. Mas não é qualquer fé, é a fé cristã. Ela levanta a esperança de que nem tudo está perdido, que após cada baque existe o nosso Deus que tem o poder de compensar as perdas e oferecer novas motivações.
Padre Rosivaldo
Facebook: Rosivaldo Motta CSsR
