Estamos atravessando tempos difíceis, onde a maldade tem vindo à tona. Não é fácil lidar com tanta instabilidade, onde o clima de insegurança se instala dentro de cada um de nós. Nesse ciclo de vulnerabilidade e medo, muitos se fecham para o amor, deixando o ódio tomar conta e assumindo uma postura que ao invés de promover a paz só traz mais discórdia e mal-estar. Faz-se necessário que todos aqueles que procuram a sublimação da individualidade, entendam o valor supremo da vontade no aprimoramento próprio.
No livro Fonte Viva do espírito Emmanuel por Chico Xavier, há um capítulo intitulado, Afirmação esclarecedora, onde nos fala que os templos e as escolas do Cristianismo permanecem repletos de aprendizes que vislumbram os poderes divinos de Jesus e lhes reconhecem a magnanimidade, caminhando, porém, ao
sabor de vacilações cruéis. Creem e descreem, ajudam e desajudam, organizam e perturbam, iluminam-se na fé e ensombram-se na desconfiança. É que esperam a proteção do Senhor para desfrutarem o contentamento imediato do
corpo, mas não querem ir até Ele para se apossarem da vida eterna.
Pedem o milagre das mãos do Cristo, mas não lhe aceitam as diretrizes. Solicitam-lhe a presença consoladora, entretanto, não lhe acompanham os passos. Pretendem ouvi-lo à beira do lago sereno, em preleções de esperança e conforto, todavia, negam-se a partilhar com Ele, o serviço da estrada, por meio do sacrifício pela vitória do bem. Suplicam-lhe as bençãos da ressureição, no
entanto, odeiam a cruz de espinhos que regenera e santifica.
Podem ir à vanguarda edificante, mas não querem. Clamam por luz divina, entretanto, receiam abandonar as sombras. Suspiram pela melhoria das condições em que se agitam, todavia, detestam a própria renovação.
O autoaperfeiçoamento se faz necessário e todos nós temos a capacidade de mudar. As situações negativas são impermanentes e a mudança é possível, embora saibamos que ela nos demanda esforço, disciplina e dedicação.
Sabemos que dentro de cada um de nós tem um ser maravilhoso que pode fazer a diferença e se cada um de nós se propuser a mudar a si mesmo, certamente iremos construindo uma egrégora mais positiva ao nosso redor e assim sucessivamente.
É importante que possamos iniciar esse processo de abertura do coração, entendendo que a felicidade é possível, mesmo em meio a tantos desafios, não esperando que a sociedade em si mude, mas que cada pessoa possa ser um agente de mudanças impactando o todo.
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