A gente tem que entender: o preço do combustível, fruto até da questão da transição energética que nós temos de viver, não vai voltar aos patamares que a gente gostaria”, completou o vice-presidente
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou nesta quarta-feira (16/3) que o preço do litro da gasolina não deverá voltar a R$ 4, mas que é possível voltar a R$ 6. A declaração ocorreu na chegada ao Palácio do Planalto. Desde ontem, o preço internacional do barril do petróleo está abaixo de US$ 100.
“O mercado começa a se reequilibrar. Bateu nos US$ 139, já está em US$ 99, US$ 98. É óbvio essa flutuação, acredito que a Petrobras vai encaixar isso aí e vai haver uma redução”, disse. “Uma realidade a gente tem que entender: o preço do combustível, fruto até da questão da transição energética que nós temos de viver, não vai voltar aos patamares que a gente gostaria. Não vamos mais, na minha visão, pagar R$ 4 por litro de gasolina. Vai ser difícil isso acontecer”, apontou:
“O preço da gasolina pode mudar. Pode baixar aí, voltar para meia-dúzia, né? Mas vamos lembrar aí que uns dois, três anos atrás estávamos pagando R$ 4,50, R$ 4,60”, acrescentou.
Petrobras
O general caracterizou também que há “histeria” sobre o assunto e culpou os preços internacionais e a guerra no Leste Europeu pela subida nos preços dos combustíveis.
“Essa questão do preço do petróleo é muita histeria. Porque houve uma variação, vamos dizer assim, violenta no preço do petróleo, fruto, primeiro, da questão da pandemia, do retorno da atividade econômica, e, posteriormente, desse conflito absurdo lá na Rússia, na Ucrânia”, disse, emendando que há esquemas de cartéis que devem ser investigados pela Petrobras.
Na terça-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar o reajuste de preços de combustíveis praticado pela Petrobras e cobrou que a mesma acompanhe a queda internacional do preço do barril. O chefe do Executivo ainda ironizou a “sensibilidade” da estatal, que, segundo ele, poderia ter aguardado ‘ao menos um dia’ para realizar os repasses ao consumidor.
Por Ingrid Soares- Correio Braziliense