Defesa Civil confirma 152 óbitos; buscas para encontrar os 165 desaparecidos continuam pelo sexto dia. Força-tarefa limpa a cidade
A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou, até o momento, 124 mortos em decorrência dos deslizamentos provocados pelas chuvas em Petrópolis, na região serrana do estado. Até o início da tarde deste domingo (20), a Defesa Civil confirmou 152 mortos.
As buscas para encontrar os 165 desaparecidos continuam pelo sexto dia. Até o momento, 24 pessoas foram resgatadas com vida e quase 1.000 estão desabrigadas. Petrópolis foi devastada por um temporal na terça-feira (15) e até este domingo sofre com a chuva, que ainda torna o tempo instável e preocupante. O solo encharcado e o retorno da chuva durante o dia representam risco de novos deslizamentos.
Os efeitos da chuva provocaram 837 chamados para a Defesa Civil até o início da tarde deste sábado, sendo 642 casos de deslizamentos em diferentes pontos da cidade. A Assistência Social da cidade atendeu 967 pessoas, que foram acolhidas nos 19 pontos de apoio instalados em escolas públicas.
Cães farejadores do Grupamento de Operações com Cães da Guarda Civil Municipal de Petrópolis e de várias corporações de diversas cidades do país estão auxiliando nas buscas pelos corpos das vítimas dos deslizamentos.
Os animais estão atuando nos principais pontos, como Alto da Serra, rua Teresa, Sargento Boening, Caxambu e Cremerie, e são fundamentais para agilizar as ações desenvolvidas pelas equipes do Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Defesa Civil.
Por causa da tragédia, a Secretaria Municipal de Educação afirmou que o retorno das aulas em toda a rede de ensino do município está previsto para depois do Carnaval, que ocorrerá nos dias 26, 27 e 28 de fevereiro e 1º de março.
Uma força-tarefa montada pela prefeitura de Niterói trabalha, neste domingo (20), para ajudar na limpeza do centro histórico de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, após as fortes chuvas que castigaram a cidade nesta semana. O prefeito de Niterói, Axel Grael, acompanha as equipes.
O trabalho começou na rua do Imperador, no centro histórico da cidade. Mais de 200 trabalhadores da Clin e da Secretaria de Conservação, equipados com um caminhão-pipa com jato d’água, maquinário e ferramentas, estão atuando nas regiões mais atingidas pelas chuvas.