Entre 1º de janeiro e 14 de fevereiro, foram registradas mais de um milhão de descargas elétricas em todo o estado.
A Bahia é atingida por uma “temporada de raios” desde o início desse ano, de acordo com o Climatempo. Entre 1º de janeiro e 14 de fevereiro, foram registradas mais de um milhão de descargas elétricas, e a região oeste teve maior incidência do fenômeno.
Dos 1.090.188 descargas elétricas que atingiram a Bahia em 2022, a maioria ocorreu nas cidades de Correntina (51.986), Cocos (45.753) e Jaborandi (44.760). Em Salvador, foram ao menos 616.
O Climatempo explica que o raio é uma descarga elétrica atmosférica que chega ao solo após se formarem em nuvens. Na Bahia, os raios que tocaram o solo em 2022 foram: 169.634 em janeiro e 85.135 em fevereiro.
Este ano, as cidades baianas que tiveram maiores ocorrências de raios também estão Correntina, Cocos, Jaborandi, além de Formosa do Rio Preto e São Desidério. Na capital, foram 275, entre janeiro e fevereiro. Em 2021, o mesmo fenômeno foi registrado no sul do estado.
Em geral, as descargas elétricas ocorrem com mais frequência no verão, por causa das altas temperaturas que deixam as nuvens carregadas. Pesquisas apontam que nesta época do ano o aumento de casos é de cerca de 16%, em relação aos outros meses.
O Brasil é o país é o mais atingido do mundo por raios. Dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) estimam que cerca de 60 milhões de raios atinjam o solo brasileiro por ano, ou, cerca de dois raios por segundo.
O que é o raio?
O Climatempo explica que o raio é uma descarga elétrica atmosférica que chega ao solo após se formarem em nuvens de desenvolvimento vertical e que alcançam mais de 10 quilômetros entre sua base e o topo.
Parte das nuvens têm temperaturas abaixo de zero, onde se forma o gelo; são as conhecidas como cumulonimbus, também chamadas nuvem funil, cujo aparecimento é comum em dias quentes e úmidos, predominantes no verão. A movimentação intensa de gelo e das gotas de chuva dentro das cumulonimbus gera choques, que dão origem às cargas elétricas.
A partir disso, a nuvem fica como se fosse uma pilha, composta de cargas positivas e negativas, sendo positivas na parte superior e negativas, na inferior. Esta diferença de cargas gera a faísca, a descarga elétrica atmosférica na nuvem, mas o raio é a descarga elétrica atmosférica que chega ao solo.
De acordo com o Climatempo, existem raios que começam nas nuvens e terminam no solo e outros que saem do solo para as nuvens. As descargas elétricas atmosféricas podem ocorrer somente entre as nuvens, mas também podem chegar ao solo, e nesses casos, exigem atenção.
A real chance de uma pessoa ser atingida diretamente por um raio é muito baixa, menor do que 1 para 1 milhão. Porém, esse número pode aumentar mil vezes se estiver numa área descampada.
Portanto, as principais recomendações para se proteger de um raio são:
- Procure um abrigo, um ambiente fechado (como casas, comércios e veículos);
- Se estiver dentro de um automóvel, mantenha todos os vidros fechados;
- Evite lugares abertos como praias e campos;
- Se estiver no mar, rio, lagoa ou piscina, saia imediatamente;
- Nunca se abrigue embaixo de quiosques, árvores, torres altas.
Por g1 BA