De onde vem o sofrimento? Essa pergunta tem intrigado a humanidade há milênios. Filósofos gregos fundaram escolas para tentar desvendar o sentido da vida e a origem do sofrimento, assim também religiosos, poetas e literatos tentaram explicar o motivo de tanta dor no mundo.
Uma das ideias religiosas mais aceitas é que nosso sofrimento vem do “pecado original” cometido por Adão e Eva comendo do fruto proibido. Nos textos do Gênesis bíblico, Deus castiga os dois com a expulsão do paraíso e uma série de dores que os atormentaria pelo resto de suas vidas. Religiosos interpretando o texto, defendem que o pecado dos dois teria passado de pai a filho como uma herança que marcasse toda a humanidade para a dor. Porém quando nos aprofundamos no estudo bíblico, encontramos no livro de Ezequiel, cap. 18, versículo 20 “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele”. O texto do profeta não deixa dúvidas que que cada um é responsável por suas próprias faltas. Porém onde teriam errado aqueles que já nascem em meio a sofrimentos? Os que morrem ainda no ventre materno ou os que são acompanhados pelas doenças congênitas?
Allan Kardec nos diz que as dores do ser humano podem ter duas raízes ou podem ser resultado de duas vertentes: da atual existência ou de existências anteriores. Por meio da reencarnação é possível compreender que a justiça divina nos responsabiliza
por nossos atos dessa ou de outras existências. A reencarnação ainda consegue nos explicar que nenhum dos nossos atos fica sem a devida atenção por parte de Deus.
Explica, dessa forma, os casos em que pessoas que fizeram o mal morrem sem serem “descobertas” ou terem a devida sanção pelos seus atos.
A doutrina espírita consegue solucionar o enigma filosófico do sofrimento. Nos diz que somos responsáveis pelo nosso momento atual, como também podemos aumentar ou diminuir nossos dias de sofrimentos. A lei de Deus é lei de amor e aqueles que amam, mais rapidamente alcançam o reino dos céus. A reencarnação é manifestação da justiça e misericórdia divinas dando-nos novas oportunidades para aprendermos e amarmos.
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