Inflação é ‘questão natural’ neste cenário, disse presidente; ele comparou número com resultado de 2015, no governo Dilma
Diante da alta do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que fechou 2021 em 10,06%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geogafia e Estatística), depois de ter terminado 2020 em 4,52%, o presidente da República, Jair Bolsonaro, atribuiu a culpa às medidas de distanciamento social durante a pandemia da Covid-19. As ações foram tomadas por prefeitos e governadores nos momentos de maior explosão de casos e mortes, quando o país ainda não tinha vacina contra o coronavírus.
O acumulado é o pior resultado desde 2015, quando a inflação foi de 10,67%, no ano anterior ao impeachment da ex-presidente da República Dilma Rousseff. Bolsonaro comparou o resultado no seu governo à inflação no governo da petista e afirmou que, diante das ações de distanciamento social tomadas durante a pandemia, a “inflação é uma questão natural”.
“Em 2014 ou 2015 a inflação foi de 10%. Me aponte qual crise aconteceu nesses dois anos? Não teve crise nenhuma. Tivemos a questão do Covid. Com a política do ‘fique em casa’, a cadeia produtiva sofreu solavancos, e aí a inflação é uma questão natural. Pelo menos 38 milhões de trabalhadores informais perderam o seu ganho”, afirmou ele em entrevista ao site Gazeta Brasil, transmitida ao vivo pelas redes sociais do presidente.
Em seguida, Bolsonaro falou sobre o preço dos combustíveis, que disparou nos últimos meses. Nesta terça-feira (11), a Petrobras divulgou o aumento da gasolina (4,85%) e do diesel (8%), que passou a valer a partir desta quarta-feira. O mandatário afirmou que não tem controle sobre isso e que “o preço do combustível encareceu no mundo todo”. “Ou alguém acha que eu sou o malvadão? Que foi aumentado o preço da gasolina, do diesel, porque eu sou o malvadão?”, disse.