ATUALIZANDO: “O cristão verdadeiro é uma pessoa estranha”.
João 20,2-8
ENTENDENDO
O evangelho traz a corrida de João e Pedro até o local que Jesus foi sepultado. João chegou primeiro e comprovou que o túmulo estava vazio. Jesus havia ressuscitado. Esse é o mesmo João que Jesus confiou em levar a sua mãe para casa, a partir de sua morte. Percebemos o grau de profundidade do relacionamento amigo que Jesus e João tinham. João soube cultivar esse vínculo através da confiança, da entrega da própria vida nas mãos do mestre, da comunhão de sentimentos, da transparência mútua. Da parte de Jesus não se tratava de privilegiar a um e excluir o outro, mas o mestre percebeu que João soube corresponder ao amor oferecido por Ele. Todos os discípulos poderiam ter feito o mesmo. No entanto, a entrega de João foi mais sincera e ele soube aproveitar e captar a riqueza oferecida mais que os outros. João participou dos principais acontecimentos da vida de Jesus: a Transfiguração no alto da montanha; esteve firme no anúncio da traição de Judas e chegou primeiro para ver o túmulo vazio, simbolizando a vitória de quem ama de verdade. Aquele que ama sempre chega à frente nos acontecimentos da vida.
O CRISTÃO VERDADEIRO É UMA PESSOA ESTRANHA
Um cristão verdadeiro é uma pessoa estranha em todos os sentidos. Ele sente um amor supremo por alguém que ele nunca viu; conversa familiarmente todos os dias com alguém que não pode ver; espera ir para o céu pelos méritos de outro; esvazia-se para que possa estar cheio; admite estar errado para que posa ser declarado certo; desce para que possa ir para o alto; é mais forte quando ele é mais fraco; é mais rico quando é mais pobre; mais feliz quando se sente o pior. Ele morre para que possa viver; renuncia para que possa ter; doa para que possa manter; vê o invisível, ouve o inaudível e conhece o que excede todo o entendimento (A W Tozer – Teológico Canadense).
Padre Rosivaldo Motta