ATUALIZANDO: A falta do perdão pode gerar ansiedade e desequilíbrio emocional.
Lucas 5,17-26
ENTENDENDO
Jesus estava ensinando… Vieram alguns homens carregando um paralítico sobre uma maca… Vendo a fé que tinham, ele disse: “Homem, teus pecados são perdoados”. A atitude de Jesus de perdoar os pecados do paralítico provocou revolta entre os judeus. Para eles o poder de perdoar pecados era de competência apenas de Deus. Ao fazer isso, Jesus estaria cometendo uma ofensa a Deus, o que para eles era uma blasfêmia imperdoável. Mas, por que Jesus primeiro perdoou os pecados e não curou logo a deficiência? Ele sabia de tudo e viu, certamente, que a deficiência maior daquele homem não era no físico, mas sim, na alma. Sua vida interior com Deus devia estar fragilizada. A segurança de Jesus na aprovação de Deus em sua atitude foi tão grande que nem ligou para a reação dos opositores e fez mais ainda – curou a paralisia daquele homem. Este e tantos outros feitos maravilhosos, melhorando a vida dos sofredores, mostravam um Deus misericordioso que se compadecia com os infelizes e queria recuperá-los, para que vivessem com saúde e dignidade.
A FALTA DO PERDÃO PODE GERAR ANSIEDADE E DESEQUILÍBRIO EMOCIONAL
Muitas vezes, a cura de uma raiva, de um medo, de uma ansiedade, de um sentimento de solidão, tristeza ou culpa, além de tudo o que constitui o nosso desequilíbrio emocional e psíquico, depende do perdão. Mas, para que a cura do nosso interior aconteça pelo perdão de Deus é necessário ter consciência do amor d’Ele por nós. Caso isso não aconteça, o perdão fica apenas um ato formal que não modifica o comportamento de ninguém. Quando não temos consciência do amor misericordioso de Deus perdoando nossas misérias humanas, não somos capazes de perdoar as ingratidões dos que nos fazem o mal. A consciência do amor de Deus por nós leva-nos a perdoar nosso agressor e confiar de que Deus é quem dá o que o ofensor merece pelo ato praticado.
Padre Rosivaldo Motta