Não é raro ouvirmos relatos de experiências assombrosas, sejam eles eventos que aconteceram consigo ou com pessoas próximas. A literatura também tem se ocupado em escrever inúmeras histórias de aparições de espíritos, e o cinema enche as telas e a
cabeça do telespectador com casos para lá de bizarros, comumente distorcidos da realidade. Todos esses fatos ao longo do tempo, fizeram da comunicação com o além-túmulo uma fonte crescente de mal entendidos, provocando nas pessoas medo insondáveis.
Aqui, o termo assombração tem um caráter didático que é chamar a atenção do leitor para alguns esclarecimentos oportunos, principalmente no que tange ao exagero acometido pelas obras de terror da ficção, além de desmistificar narrativas populares
construídas com preconceito e desinformação.
Partindo do pressuposto da crença na imortalidade, manifestada em toda parte e atestada pelos livros sagrados, o Livro dos Médiuns explica que a aparição de espíritos dar-se-á de forma espontânea ou pela evocação, geralmente feita nos centros espíritas.
As manifestações podem se dar de forma físicas ou inteligente.
As manifestações físicas não se limitam a ruídos e pancadas. Elas podem também ser vistas através de objetos arremessados, vidros quebrados, visão de vultos, etc. Sem sombra de dúvidas, essas manifestações ostensivas são as mais responsáveis pelos assombramentos e lendas, pois se manifestam desordenadamente. Já as manifestações inteligentes revelam um ato livre e voluntário do espirito, exprimindo uma intenção salutar
ou respondendo a um pensamento. A psicografia nesse caso é um bom exemplo.
E o leitor deve está se perguntando, por que as manifestações acontecem e como os espíritos desprovidos de matéria são capazes de tais proezas?
Mais uma vez o livro dos Médiuns, quase um manual, vem nos ensinar que os espíritos sentem necessidade de se comunicar para pedir ajuda, para mandar recados de cunho afetivo ou mesmo para frivolidades. Demonstrando assim, a sua natureza humana. Para esses feitos, precisam de matéria para agirem sobre a matéria e a buscam no períspirito e na energia dos médiuns. É o médium o instrumento para a realização dos fenômenos mediúnicos físicos ou inteligentes, mesmo que nem saibam da sua capacidade mediúnica.
Como humanos, tendemos a temer o invisível e o desconhecido. E apenas através do estudo e do conhecimento lançamos luz sobre medos infundados. Reconhecidamente, a doutrina espirita tem esse importante papel de desmistificar tais fenômenos, quando
busca compreender no irmão que “assombra” um sofredor que precisa de ajuda, acolhimento, e tratamento espiritual. Como uma doutrina de amor, deve ser revelada através de informações verdadeiras e caridade para aqueles que a buscam, independente do plano em que se encontram.
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