ATUALIZANDO: Não desista de seu filho (testemunho de um pai).
ENTENDENDO
Aproximavam-se de Jesus os publicanos e os pecadores para ouvi-lo. Os fariseus e os escribas murmuravam: “Este homem recebe e come com pessoas de má vida!” Então lhes propôs a seguinte parábola: “Quem de vós que, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?” Os rigorosos fariseus e mestres da Lei esperavam de Jesus um tratamento duro para com os pecadores. Por isso, não viam com bons olhos a misericórdia que lhes era dispensada. Jesus acolhia os pecadores e comia com eles, com toda naturalidade, sem se importar com os preconceitos de que eram vítimas. A diferença entre a atitude de Jesus e a de seus adversários estava na maneira como cada qual via a imagem de Deus. Para estes últimos, essa imagem centrava-se na Lei. Portanto, um Deus legalista que se alegrava em ver as pessoas submissas. Os primeiros eram dignos de elogios e salvação, os outros, dignos de censura e de condenação. Para Jesus era bem diferente. Para ele, Deus era o Pai misericordioso, cujo amor destina-se, em primeiro lugar, aos pecadores e marginalizados. Sua alegria não consiste em condená-los, e sim em vê-los convertidos, reencontrando o bom caminho (Lucas 15,1-10).
NÃO DESISTA DE SEU FILHO
Não é tarefa fácil lidar com um filho dependente químico. Os pais aconselham, imploram, gritam, oferecem ajuda, porém eles parecem não ouvir. Algumas vezes prometem mudanças, mas na prática nada acontece. Continuam mentindo, manipulando e usando substâncias ilícitas. Os pais esgotam todos os seus recursos e chega um momento em que pensam até em desistir. Por vezes, vamos precisar tomar atitudes concretas, estabelecer regras na casa e nos posicionarmos diante dos seus comportamentos. Cortar mordomias e regalias, ou seja, deixá-los perceber que sua opção pelas drogas, causam prejuízos. Não existe possibilidade de sucesso enquanto eles continuarem usufruindo dos prazeres, enquanto os pais arcam com os prejuízos. As atitudes dos pais devem ser movidas por um amor sábio: É porque eu te amo que eu não aceito que você continue usando drogas. Nem sempre eles estão dispostos a nos ouvir ou a seguir as regras da casa. Quando percebem que não terão mais facilitação para o uso, preferem sair de casa e continuar usando drogas a aceitar nosso apoio. Essa é uma escolha deles e contra isso nada podemos fazer. Mas, mesmo assim, não devemos desistir, e deixar claro que caso aceitem nossa ajuda para abandonar a dependência, podem contar sempre conosco, só não estamos dispostos a aceitar as drogas que eles consomem: “Amo você, mas não aceito as coisas que você faz de errado” (Celso Garrefa, Voluntário do Amor-Exigente em Sertãozinho/SP).
Padre Rosivaldo
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