Efeitos das mudanças climáticas já são sentidos pelas populações mais vulneráveis
Para combater a crise climática, é preciso abraçar diversas frentes de atuação, afirmam especialistas. Entre elas estão a regulação dos setores de energia e agropecuária, a adoção de políticas públicas para reduzir o desmatamento e ações de educação para a população.
Em 2020, o Brasil registrou um aumento de 9,5% nas emissões de gases estufa. O dado, divulgado pelo Seeg (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa), reúne informações de diferentes fontes emissoras de poluentes como desmatamento e agropecuária.
Os impactos sociais das alterações no clima foram tema de debate na última sexta-feira (29). O seminário Mudanças Climáticas foi promovido pela Folha, com patrocínio da Klabin e apoio da Prefeitura de São Paulo. A mediação foi do jornalista Marcelo Leite.
Ana Toni, diretora-executiva do ICS (Instituto Clima e Sociedade), afirma que combater o desmatamento é absolutamente necessário, mas que é preciso ir além e olhar para a produção de combustíveis fósseis e a geração de energia. “A construção de uma usina termoelétrica a diesel ou a carvão, por exemplo, polui por pelo menos 30 anos”, diz.
Para Helio Mattar, presidente do Instituto Akatu e colunista da Folha, a pressão da sociedade civil é essencial para a adoção de medidas que possam frear o desmatamento.
Ele chama a atenção para o papel da regulamentação do poder público na produção de combustíveis fósseis. “É preciso incentivar a geração de energia limpa e cortar subsídios para produção de combustíveis poluentes.