Os corpos foram encaminhados de Varginha para o Instituto Médico-Legal de Belo Horizonte. Os homens identificados são do Amazonas, de Rondônia e Minas Gerais.
A Polícia Civil divulgou nesta segunda-feira (1º) a identificação de três dos 26 homens que morreram durante a ação policial realizada neste fim de semana em Varginha, no Sul de Minas Gerais. Horas antes, a corporação tinha dito que o prazo para o início desta confirmação ocorreria a partir desta quarta-feira (3). Mas a polícia disse nesta noite que isso vai acontecer a medida que os corpos foram identificados.
Foi o caso de Jerônimo da Silva Souza Filho, natural de Porto Velho (RO); Nunes Azevedo Nascimento, do Amazonas, e Gleison Fernando da Silva , de Uberaba (MG).
Amostras de DNA coletadas dos 26 corpos dos suspeitos de assalto a banco serão inseridas no banco nacional de perfis genéticos. A partir disso, poderá ser apontada a eventual participação deles em outros crimes.
Segundo a Polícia, nenhum dos corpos estava com documentos. Também não há informações sobre o estado deles.
Banco de perfis
A secretária-executiva da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a médica legista Tatiana Telles, informou na manhã desta segunda-feira (1º) que esse banco de perfis genéticos procura coincidências, os chamados “matches”, entre o DNA desses corpos e o DNA achado em locais de crime no Brasil.
“Muito provavelmente nós teremos coincidências de atuações dessa quadrilha em outros locais de crime, em que por ventura tenham sido inseridos vestígios”, disse a médica legista Tatiana Telles.
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais pediu uma apuração sobre as mortes. A deputada Andréia de Jesus (PSOL), presidente do colegiado, diz que vai acionar o Ministério Público e a Secretaria de Segurança Pública investigar o caso.
“Sou solidária às mães e familiares que estão passando por um momento tão difícil e afirmo que a Comissão de Direitos Humanos está acompanhando o caso e vamos cobrar respostas”, disse ao g1.
Em nota, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) disse que “os policiais atuaram no estrito cumprimento do dever legal, utilizando a força necessária para repelir injusta agressão e manter a ordem pública e a incolumidade das pessoas, evitando a atuação de uma quadrilha, que pelo poderio bélico encontrado, poderia instaurar o caos na região, inclusive colocando a vida de cidadãos de bem em risco”.
Nenhum dos policiais foi ferido na ação.
Por Thais Pimentel, g1 Minas — Belo Horizonte