Ainda no século XIX quando Allan Kardec iniciou os estudos acerca da existência dos Espíritos, perpetuação da vida no além túmulo e
comunicabilidade com os que já partiram, fundamentando os princípios da doutrina Espírita na imortalidade da Alma, nos apresentou a compreensão de que a morte é uma passagem da vida material para a Espiritual. Desde então, a vasta literatura Espírita nos apresenta uma maior compreensão desse fenômeno, tão temido e repelido pela humanidade, herdeira de uma cultura
materialista. Considerando que somos Espíritos imortais passando por uma experiência nesse planeta com o propósito de evolução moral, o envoltório material nos permite vivências e oportunidades de crescimento e elevação de sentimentos.
A morte nos destitui desse corpo material, um processo natural, a que todos iremos passar como finalização de um ciclo, uma passagem para outra dimensão – o mundo Espiritual. Assim, mantemos nossa identidade, dando continuidade ao processo de crescimento.
Ao retornar ao Plano Espiritual cada indivíduo se encontrará de acordo com sua realidade consciencial e vibracional. Os sentimentos vivenciados durante a existência não se transformam imediatamente e cada um permanece no grau de adiantamento moral que alcançou ao longo da sua trajetória de aprendizado na Terra. O processo de desligamento é único e individual, será tanto mais fácil e leve, como um suave despertar, quanto menos apegos
materiais e mais depurada a própria consciência.
Assim, destituídos de ritos especiais, roupas ou instrumentos específicos, a Doutrina Espírita nos ensina que diante da morte a postura mais acertada é envolver o desencarnado em boas vibrações, destinando a prece feita com o coração, concentrada e amorosa. Chico Xavier já nos disse que a saudade é uma dor que fere nos dois mundos, assim, todos que partiram para o mundo
espiritual devem ser lembrados e envolvidos com vibrações de carinho e respeito, como forma de auxiliá-los em sua nova condição.
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