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EVANGELHO DA QUARTA (27/10): “Procurai entrar pela porta estreita”

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ATUALIZANDO: Atualizando a “Porta Estreita” na vida de cada dia.

ENTENDENDO

Alguém perguntou a Jesus: “Senhor, são poucos os que se salvam?” Ele respondeu: “Procurai entrar pela porta estreita; porque, digo-vos, muitos procurarão entrar e não o conseguirão”. A resposta de Jesus é firme, decisiva e com revelações surpreendentes. Fala do julgamento final da humanidade, utiliza palavras duras a quem faz pouco caso das “coisas de Deus”: ‘fechar a porta’, ‘não sei de onde sois’, ‘afastai-vos de mim’, ‘haverá choro e ranger de dentes’, ‘lançados para fora’, ‘os primeiros serão últimos’… Tal postura contrasta com o Jesus que pregava o amor e a ternura de Deus. Mas, em se tratando de apresentar o Deus da justiça era necessário revelar a “sorte” daqueles que rejeitavam e continuam rejeitando os valores do Pai e fazem outros sofrer. Para Jesus é irrelevante essa preocupação do número dos que serão salvos; o mais importante é decidir-se a seguir os caminhos do Reino, apesar de suas exigências – é o que Ele chama de “entrar pela porta estreita”. Diante de toda explicação Jesus deixa claro que para chegar à salvação é preciso uma sincera mudança de vida, de comportamento, de atitude. É o que chamamos – “conversão” (Lucas 13,22-30).

ATUALIZANDO A “PORTA ESTREITA” NA VIDA DE CADA DIA

Jesus cita a “porta estreita” para mostrar que há critérios para ser salvo. A salvação é para todos. Não é que no Reino do Céus caiba pouca gente. Lá cabe o mundo inteiro, o universo. Jesus fala num sentido figurado (porta estreita) para facilitar a compreensão das pessoas. Ele quer nos alertar que é preciso esforço para ser salvo. Isso já nos diz muito bem o que nós precisamos fazer: “esforço”, quer dizer ter força de vontade. O esforço é o contrário de mediocridade, porque o medíocre simplesmente fica paralisado na vida, não se esforça, cruza os braços quando não consegue. Nós precisamos de pulso, de firmeza e, muitas vezes, cobrar de nós mesmos. Para isso é preciso disciplinar a nossa vontade. Não devemos fazer tudo o que temos vontade, pois a nossa vontade pode ser enganosa e rebelde. Nossa vontade pode nos levar a dizer o que não deveria ser dito, fazermos o que não deveria ser feito e deixarmos de fazer o que é necessário. Precisamos, muitas vezes, contrariar a nossa vontade para que ela seja disciplinada, guiada e orientada para o bem.

Padre Rosivaldo
Facebook: Rosivaldo Motta CSsR


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