ATUALIZANDO: O grande que virou pequeno e o pequeno que virou grande.
ENTENDENDO
Jesus conta duas pequenas parábolas para os discípulos: a do grão de mostarda e do fermento na massa. Fala da experiência que eles iriam passar quando começassem a missão dada por Jesus. Nas duas, o contraste entre o início e o resultado final, trazendo a alegria de ter um crescimento surpreendente. A semente de mostarda era símbolo de algo pequeno e insignificante. Jesus mostra que esse grão minúsculo, lançado na terra, germina e se torna grande. A mesma coisa acontece com o fermento ao ser colocado na farinha, além de produzir crescimento, será capaz de produzir o pão. Coisa semelhante acontece com o Reino de Deus. O projeto de Jesus começou pequeno, com um insignificante grupo de pessoas anônimas e sem muitas perspectivas. Pequenos e frágeis, mas destinados a um fim grandioso. Por trás desse resultado está o “dedo de Deus”. Ele é quem capacita esse grupo inexpressivo para crescer e espalhar o bem na terra (Lucas 13,18-21).
O GRANDE QUE VIROU PEQUENO E O PEQUENO QUE VIROU GRANDE
O pequeno ama, o grande se deixa amar. O grande fala, o pequeno ouve. O grande discorda, o pequeno concorda. O pequeno teme, o grande ameaça. O grande se atrasa, o pequeno se antecipa. O grande pede e, ou nem precisa pedir, e o pequeno já está fazendo. Não é uma questão de gênero, existem homens grandes e homens pequenos, mulheres grandes e mulheres pequenas. O temperamento, as circunstâncias influem, mas não determinam. O grande pode ser o mais bem sucedido dos dois ou não. O pequeno pode ser o mais sensível, porém, nem sempre é assim. Muitas vezes o grande é o mais esperto, mas existem pequenos espertíssimos. Depende do caso. Havendo mais de um, um par qualquer, dois adversários, dois irmãos, dois amigos, sempre haverá o que quer mais e o que quer menos, o fascinante e o fascinado, o generoso e o pedinte. Mas, como tudo pode acontecer, geralmente à noite, imprevisivelmente o grande pode ficar pequeno, e o pequeno ficar grande de repente. Quando isso acontece é comum o pequeno ficar maior ainda, o que torna o grande ainda menor. Aí, coitado do novo pequeno, vai se arrepender de cada não beijo, cada não telefonema, cada não caridade, cada não carinho inesperado… E então, vai seguir cuidadoso, na quase inútil intenção de conquistar o grande urgentemente, agora, de forma mais madura, humilde e consciente (Adriana Falcão, escritora e roteirista brasileira).
Padre Rosivaldo
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