ATUALIZANDO: Testemunho de um frade Franciscano ao vencer a Covid.
ENTENDENDO
Um cego à beira da estrada – um marginalizado, ou seja, alguém que vivia à margem da sociedade, dependendo de esmolas para viver. O caminho de Jericó levava ao Santuário de Jerusalém, lugar sagrado. Ele recebia esmolas dos peregrinos que passavam em “romaria” à cidade santa. O cego, movido pela fama de Jesus, gritava e arriscava tudo. O grito do cego incomodava as pessoas da caravana, menos a Jesus que pediu que levassem o cego até ele e perguntou o que o cego estava querendo. Claro, que Jesus sabia, mas a pergunta é estratégica, no sentido do carente reconhecer a situação que se encontra, para saber valorizar a graça de Deus, após a cura. Jesus realiza a cura e, em outras palavras, diz que quem fez o milagre não foi Ele, mas a fé que o cego tinha consigo: “Vai, tua fé te salvou”. Podemos perceber com essa afirmação, a importância do nosso patrimônio chamado “fé”! No mesmo instante que foi curado, o que era cego se juntou à multidão. Ou seja, ele não é mais marginal, mas um cidadão com direitos iguais aos da caravana. Os que tentavam calar os gritos do cego se convenceram, não só pelas palavras de Jesus, mas pela ação realizada. Isso nos leva à afirmação de São Tiago em sua carta: “a fé sem as obras é morta”. A cura de Jesus não foi apenas para recuperar a saúde física, mas também a alma e a dignidade de cidadão.
TESTEMUNHO DE UM FRADE FRANCISCANO AO VENCER A COVID
O dia que busquei o serviço médico por estar sentindo cansaço generalizado era domingo, mas não qualquer domingo. Era o domingo da Ressurreição! Os parâmetros aferidos, além dos exames laboratoriais e de imagem, apontavam infecção pelo novo coronavírus e sugeriam a necessidade de internação imediata para tratamento. Passei por esse calvário e fui curado. A intolerância, a impaciência, o desprezo pela dor alheia, e a intransigência na defesa dos próprios conceitos dificultaram a definição de protocolos para o enfrentamento da Pandemia. Estamos todos doentes. A humanidade está ferida. A terra inteira padece dessa enfermidade. Antes de chorar o cenário tão desolador, importa saber que se a doença é forte, mais forte ainda deverá ser o desejo de sarar. A bondade do Senhor vai nos conceder proteção e saúde este é nosso pedido e nossa confiança. A misericórdia do Pai vai nos levar a ser mais irmão, mais irmã, este é nosso compromisso. Obrigado a todos que vivenciaram comigo esses dias de ressurreição. Gratidão aos quais tenho a graça e o privilégio de chamar de irmãos e irmãs (Frei Paulo Roberto Pereira).
Padre Rosivaldo
Facebook: Rosivaldo Motta CSsR