Segmento mais importante da economia nacional está 4,6% acima do nível pré-pandemia, mas segue 7% abaixo do recorde histórico
O volume de serviços cresceu 0,5% na passagem de julho para agosto. Trata-se da quinta alta consecutiva do setor, que representa cerca de 70% de toda a produção da economia brasileira, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com a sequência de avanços, o segmento atingiu o maior patamar desde novembro de 2015 e agora figura 4,6% acima do nível pré-pandemia. Ainda assim, o setor segue 7,1% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014.
Nos últimos 12 meses finalizados em agosto, o crescimento do setor apurado é de 5,1%, o que mantém a trajetória de alta iniciada em fevereiro e corresponde à taxa mais intensa da série histórica da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), que teve início em dezembro de 2012.
Rodrigo Lobo, gerente responsável pela pesquisa, aponta que a trajetória de recuperação do setor é motivada pelo avanço da campanha de vacinação e pelo aumento da mobilidade das pessoas.
“Desde junho do ano passado, o setor acumula 14 taxas positivas e somente uma negativa, registrada em março, quando algumas atividades consideradas não essenciais foram fechadas por determinação de governos locais em meio ao avanço da segunda onda do coronavírus”, explica ele.
Atividades
O quinto avanço consecutivo do setor de serviços foi impulsionado por quatro das cinco atividades pesquisadas, com destaque para informação e comunicação (1,2%) e transportes (1,1%), após resultados negativos em julho.
Já os serviços prestados às famílias avançaram 4,1% em agosto, quinta taxa positiva desde abril, acumulando crescimento de 50,5% no período. O avanço é novamente guiado pelo segmento de alojamento e alimentação, como os hotéis e restaurantes.
Apesar da série positiva, os serviços prestados às famílias ainda operam em patamar 17,4% abaixo do verificado em fevereiro de 2020, último mês sem medidas restritivas para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus no Brasil.
Com o menor impacto no índice, outros serviços cresceram 1,5% e eliminaram o recuo apurado em julho. Para Lobo, a atividade foi impulsionada pelos serviços financeiros auxiliares e, em menor medida, pelos serviços de pós-colheita correlacionados à agropecuária. “Uma vez que é feita a colheita, há um conjunto de serviços que são utilizados nesse processo agrícola”, explica ele.
Por outro lado, os serviços profissionais, administrativos e complementares recuaram 0,4% em agosto, depois de três taxas positivas seguidas. Com o resultado negativo, o setor voltou a figurar 0,2% abaixo do patamar pré-pandemia, se juntando aos serviços prestados às famílias.
ECONOMIA | Do R7