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Morte e Desencarne

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Há situações das quais não podemos fugir, uma delas é a morte. Durante muito tempo, acreditou-se ser a morte, o cessar da vida. Uma luz começa a se ascender e irradia certezas de uma vida futura, nos indicando, portanto, que a morte não é o fim.

Ao nascer, o cronômetro é ativado. Uns viverão algumas horas, outros meses e para outros, alguns anos. Vivemos a mesma vida em dois planos: o material e o espiritual. No material, precisamos dos corpos físicos e no espiritual, há o despojo do corpo e apenas é necessária a essência que somos: Espírito. Desta forma, os “mortos” continuam vivos na outra dimensão!

Mudamos de mundo e de corpos, mas continuaremos a SER, a existir. Tudo que é matéria se transforma, morre-se, para reaparecer-se, em novas expressões, como o carbono que vira grafite, que vira diamante. O corpo abandonado se desfaz, porém, as células e moléculas que o compunham serão absorvidas por outros seres vivos.

Sabemos que a felicidade não é deste mundo. Estando encarnado, parece poder ser alcançada, por meio de práticas exteriores e até mesmo, com possibilidade de comprá-la com dinheiro, sem qualquer regeneração de caráter e costumes. Isso dá, ao gozo do mundo, o melhor valor.

Por isso mesmo, vemos muitos comentarem a perda da vida terrestre e temerem a viagem daqui para lá. Essa partida é acompanhada pelo lamento dos que ficaram no mundo material, como se uma imensa desgraça atingisse os que partiram.

Os gestos de inconformação e desespero geram fios fluídicos que tecem uma espécie de teia de retenção. Assim, podemos morrer e não desencarnar. Quanto mais materialistas somos, mais difícil o desapego ao corpo e aí nosso desencarne ser mais demorado.

O véu do obscuro fora erguido e o mundo espiritual nos apresenta na plenitude de sua realidade prática. Como descrito no livro de Richard Simonetti, “Quem tem medo da morte?”, no conto intitulado Bico de Luz- o Espiritismo é, exatamente, assim: um “bico de luz” que ilumina os caminhos misteriosos do retorno, afugentando temores irracionais e constrangimentos perturbadores.

Com a Doutrina Espírita podemos encarar a morte com serenidade, preparando-nos para enfrentá-la. Isso é muito importante e fundamental, pois se trata da única certeza da existência humana: todos morreremos um dia!

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