Persistência, recordes, superação, resistência. Os jogos olímpicos de Tóquio, no Japão, mostraram que muito mais que medalhas, os esportes podem nos colocar como vencedores de batalhas pessoais. As competições mostram que a capacidade humana pode ser constantemente aperfeiçoada e que sempre é possível fazer melhor. Contudo essa busca pelo aperfeiçoamento deve ser regida por valores superiores.
Não vai longe quando esses mesmos jogos olímpicos eram vitrine de desenvolvimento para países em guerra, acirrando as tensões. As buscas por mostrar melhores resultados têm levado organizações e países a se omitirem em relação a substâncias químicas que melhoram o desempenho dos atletas, embora as mesmas sejam proibidas. Atletas são cobrados por melhores resultados de forma desumana, criando traumas e situações de estresse emocional que os destrói mentalmente.
O ser humano tem um imenso potencial ainda não explorado, mas que necessita do devido direcionamento. Chuvas torrenciais podem levar água a regiões áridas ou podem destruir cidades inteiras a depender de onde caiam.
Jesus nos instrui dizendo “vós sois deuses”, falando sobre nossa natureza interior. Podemos, portanto, realizar coisas maravilhosas utilizando nossa capacidade. O Espiritismo nos ensina que podemos ser hoje melhores que ontem e amanhã melhores que hoje. Nos coloca assim como atletas de desafios internos, direcionando a potencialidade humana para a modificação dos panoramas interiores.
A nossa competição não é contra o outro, é contra nós próprios. O mundo não é o palco construído para a derrota dos nossos companheiros, mas o ringue onde lutamos contra nossos vícios e imperfeições. São estes nossos verdadeiros adversários. O evangelho de Jesus é repleto de exemplos de pessoas que transformaram suas vidas lutando contra os inimigos interiores e deixando que a natureza divina que existe em todos nós pudesse ser exaltada. Os campeões do evangelho são os que vencem os inimigos internos e sobem no pódio do amor e da fraternidade.
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