*ATUALIZANDO:* A reação de um sábio diante de dois homens com carros atolados.
*ENTENDENDO*
Jesus está diante de uma multidão que O escuta. Ele não se preocupa com o que vai dizer a esse povo, mas com a fome que eles começam a sentir. Diante dessa situação Jesus testa a fé dos seus discípulos, perguntando o que vai fazer para alimentar a multidão. Filipe lava as mãos e acha impossível dar comida a tanta gente. Filipe representa o tipo de pessoa incapaz de quebrar esquemas e estruturas e pensa que para matar a fome do povo era preciso muito dinheiro. Nenhuma novidade! Era a lógica do Templo de Jerusalém, que acumulava e o povo continuava com fome. Filipe representa os acomodados que não buscam uma saída diante das dificuldades da vida. O segundo a ser testado é André. Com André as coisas mudam. Ainda que os cinco pães e os dois peixes sejam pouco, a atitude de André é acolhida por Jesus, que realiza o milagre a partir de sua iniciativa humana, em apresentar alguém com alguns pães e peixes. Jesus não precisava disso, Ele podia fazer aparecer os pães do nada, mas valoriza o esforço de André. Com isso Ele deixa evidente que nós mesmos devemos buscar saídas para nossas dificuldades e, a partir daí, Ele abençoa o nosso esforço. É interessante perceber que Jesus não agradece ao menino dos pães e nem a André, mas a Deus. Isso significa que os bens da criação pertencem ao Pai, e Ele os criou para o bem de todos, sem excluir ninguém (João 6,1-15).
*A REAÇÃO DE UM SÁBIO DIANTE DE DOIS HOMENS COM CARROS ATOLADOS*
Um sábio caminhava com os discípulos por uma estrada tortuosa. Encontraram um homem piedoso que, ajoelhado, rogava a Deus que o auxiliasse a tirar seu carro do atoleiro. Todos olharam o clamor do homem, ficaram comovidos, mas seguiram a viagem. Mais adiante havia outro homem com o carro atolado. Este, porém, esbravejava reclamando, mas tentava de todo jeito consertar o veículo. Comovido, o sábio propôs aos discípulos retirar o transporte do atoleiro. Após os agradecimentos, o viajante seguiu viagem feliz. Os aprendizes, surpresos, indagaram ao mestre: Senhor, o primeiro homem orava, era piedoso e não o ajudamos. Este, que era rebelde e até praguejava, recebeu nosso apoio. Por quê? Respondeu o mestre: Aquele que orava aguardava que Deus viesse fazer a tarefa que ele devia fazer. O outro, embora desesperado por ignorância, empenhava-se, merecendo auxílio. Muitos de nós costumamos agir como o primeiro viajante. Diante das dificuldades que nos parecem, ficamos acomodados, esperando que Deus faça a parte que nos cabe para a solução do problema. Não basta pedir ajuda a Deus é preciso buscar, conforme o ensinamento de Jesus “buscai e achareis”, “batei e a porta será aberta”. Devemos fazer a nossa parte, que Deus nos ajudará no que não estiver ao nosso alcance resolver.
*Padre Rosivaldo*
*Facebook: Rosivaldo Motta CSsR*